Com maior atraso que o “Açor”, vapor da Insulana de Navegação que a 9 de Março de 1895 arribou Ponta Delgada transportando como preciosa carga o decreto de 2 de Março de 1895, deixem-me evocar outros Marços, que, precedendo aquele que Hintze Ribeiro sancionou, muito contribuíram para os rebentos que brotaram da primavera de 1895, alguns dos quais alimentando a nossa fé em quimeras ainda por cumprir, e só após as quais, então, fará total sentido o mais que centenário lema; Livre Administração dos Açores pelos Açorianos.
Recuando até meados do século XIX, comecemos por Março de 1893 evocando o “Autonomia dos Açores”, projecto jornalístico então iniciado por Aristides Moreira da Mota e Mont’Alverne de Sequeira, que logo passou a ser o jornal de maior tiragem e circulação nos Açores, aonde se podem ler as seguintes pérolas; “A autonomia que reclamamos fica ainda muito aquém das liberdades locais que gozam as colónias inglesas”, ou, de forma ainda mais contundente; “A instrução pública é uma vergonha. Não chegamos a ter 7 escolas para 10.000 habitantes, ao passo que Bragança, Vila Real, Viseu etc. têm entre 11 e 14, o dobro”. E assim se dava consequência a um outro fruto de Março, o de 1892, quando pela mão do mesmo Aristides Moreira da Mota, denunciando um “centralismo desmedido e absorvente”, chegou à Câmara dos Deputados o primeiro projecto de autonomia para os Açores.
Recuando até meados do século XIX, comecemos por Março de 1893 evocando o “Autonomia dos Açores”, projecto jornalístico então iniciado por Aristides Moreira da Mota e Mont’Alverne de Sequeira, que logo passou a ser o jornal de maior tiragem e circulação nos Açores, aonde se podem ler as seguintes pérolas; “A autonomia que reclamamos fica ainda muito aquém das liberdades locais que gozam as colónias inglesas”, ou, de forma ainda mais contundente; “A instrução pública é uma vergonha. Não chegamos a ter 7 escolas para 10.000 habitantes, ao passo que Bragança, Vila Real, Viseu etc. têm entre 11 e 14, o dobro”. E assim se dava consequência a um outro fruto de Março, o de 1892, quando pela mão do mesmo Aristides Moreira da Mota, denunciando um “centralismo desmedido e absorvente”, chegou à Câmara dos Deputados o primeiro projecto de autonomia para os Açores.
Quatro décadas antes, visando o motor da autonomia – desenvolvimento; receitas próprias; impostos gerados e arrecadados em território próprio –, de Paris, também em Março (1853), José do Canto ortografava a J. Jácome Corrêa; “Eu escrevi para Lisboa aos nossos Deputados a ver se o Governo Portuguez entrava com o Inglez n’uma convenção por onde garantisse que os impostos applicados para a doca não serão distrahidos para outro fim, (…)”.
Se para alguma coisa servir, aqui fica em nota de rodapé que é de 1876 "o foro" - correspondente a diploma que legaliza o estatuto autonómico - de uma das mais avançadas autonomias da europa; EUSKADI (País Basco).
A. O. 11/03/08; “Cá à minha moda”