É fácil dizer que nós, Açores e
açorianos, “vivemos à pála” das transferências do Estado português quando este
mesmo Estado “abocanha” as nossas riquezas (localização geoestratégica
inclusive), controla e estrangula as nossas potencialidades e capacidade de
desenvolvimento, e, nem daquilo que usa e diz ser seu, como por exemplo os bens
patrimoniais ao serviço das funções de Estado aqui exercidas, sabe zelar e
manter!
O Mar dos Açores é a nossa (dos
Açores) reserva estratégica; o “nosso petróleo” (talvez até também em sentido literal);
o “nosso ouro”. O Mar dos Açores será, sem dúvida, a “grande âncora” da nossa
(açoriana) soberania!
Por isso é reconfortante
verificar a unanimidade que a defesa e salvaguarda desta parcela dos interesses
dos Açores está a gerar junto daqueles que, via democracia mas também escassa
autonomia até aqui conseguida, para tal foram eleitos. Tal como é animador
constatar como o Presidente do Governo dos Açores não tenha poupado no verbo (são
suas palavras: “pirataria travestida de
lei”, “aberração”) para adjectivar
mais esta nova afronta. Mas não basta. Todos somos poucos para defender o Mar
dos Açores: há que apelar à mobilização geral.
A propósito: é bom saber o que
pensam sobre o assunto aqueles que, na “Casa da Democracia Portuguesa”, eleitos
pelos Açores, dos Açores deveriam fazer sua primeira e única bandeira a
defender. Será que vão proceder como fizeram no passado recente? A ver vamos!
A.O. 02/02/2013; “Cá à minha moda" (revisto e acrescentado)