Tendo iniciado actividade em
Abril de 1923, embora a sua “certidão de nascimento”, cuidada pelo Dr. Agnelo Casimiro e obtida em consequência da revisão estatutária iniciada pelo Dr. Dr.
Francisco Luís Tavares em Abril de 1924 (mas só a aprovada mais de meio ano depois) seja de 4/11/1924, a Associação de Futebol de Ponta Delgada (“Associação de
Foot-ball de Sam Miguel” até Agosto de 1941) começa a trilhar, a partir da
próxima semana, aquela que bem se pode denominar a “Década do seu Centenário”. Percorrido
que foi um longo caminho, que iniciado ainda antes fim da I República
atravessou duas ditaduras (a Militar e a do Estado Novo), conviveu com a
“Primavera Marcelista”, com o “PREC” e com a paixão Emancipalista Açoriana, a
AFPD prosperou, como quase tudo e todos, com as vantagens e “virtudes” da
Autonomia conquistada pós 24 Abril.
Seguir o percurso das sedes que
abrigaram “a Associação” é um – dos muitos – rastos visíveis deste longo percurso de 90 anos. Desde a residência do “presidente proprietário” (Rolando
Viveiros), passando pelo escritório do primeiro presidente eleito (Dr.
Francisco Luís Tavares), ou mesmo a sua estadia, durante os anos de 45, 46 e
parte do de 47 na sede do Clube Desportivo Santa Clara, muitos foram os lugares
de poiso da AFPD até conseguir casa própria. A saber: Rua da Esperança; Rua da Cruz;
Rua de Lisboa; Rua Coronel Silva Leal; Praça 5 de Outubro; Rua Tavares Resende;
Travessa da Conceição; Rua de Lisboa (novamente); Rua Tavares Resende
(novamente); Rua da Misericórdia – daí passou para a sede do CDSC, para de lá regressar novamente à Rua da Misericórdia – e Rua Joaquim Nunes da Silva. Quanto a
sedes próprias foram duas: a primeira ocupada até 2009 na esquina da Rua
Tavares Resende com a Rua dos Capas, sendo a outra a actual: enorme, funcional, construída de raiz para tal!
Por motivos vários refleti mais
de uma vez se usaria este tema, hoje, nesta coluna. Enquanto hesitava
ocorreu-me o Albano. Ele próprio um “histórico” da AFPD, também quase
centenário (embora, em abono da verdade deva dizer que o Albano dos últimos anos
fazia inveja ao Albano que conheci em 66/67). RIP Albano. O teu sorriso
indicava como estavas em paz. Olha que já me faz falta ouvir, vinda de ti, a
expressão: “Seja pela tua saúde” (era muito mais o de davas do que aquilo que recebias)!
AO. 25/10/2014; “Cá à minha moda" (revisto e acrescentado)
AO. 25/10/2014; “Cá à minha moda" (revisto e acrescentado)