Completam-se hoje (ontem quando isto for publicado no AO*) 24 anos sobre a data em que, na Corunha, reuniu a Assembleia Fundadora do Bloco Nacionalista Galego. Vinte e quatro anos; quase tantos quantos aqueles que tem a democracia espanhola e a sua nova Constituição!
O exemplo mais visível é o económico. Mas não é só economicamente que a Espanha “dá cartas” a Portugal. Também no que respeita à consolidação da democracia, a Espanha, não obstante ter saído mais tarde da longa e cruel – mais cruel do que a portuguesa – ditadura que a atrofiou, está muito mais avançada do que Portugal. Pode mesmo dizer-se que entrou no século XXI de cabeça erguida, em nada se comparando com o vizinho ocidental, o Portugal complexado, colonodependente, cuja Constituição, mesmo depois das suas sucessivas revisões (a última das quais bem recente), continua tratando os Açores e a Madeira de forma muito semelhante com aquela que a Constituição de 1933 tratava Cabo Verde, São Tomé e as restantes colónias africanas.
Regressemos ao BNG. Com pouco mais de 10000 militantes, o “principal partido nacionalista galego da Galiza” tem autarcas eleitos em diversos concelhos da Galiza, deputados no Parlamento Galego, no Congresso Espanhol, tendo até, no auge daquele que foi o seu melhor ciclo eleitoral [1996; 2 deputados ao Congresso Espanhol/1997; 18 deputados no Parlamento Galego/1999; 589 deputados Municipais/2000; 3 deputados ao Congresso Espanhol], em 1999, eleito um deputado, Camilo Nogueira, para o Parlamento Europeu.
E nós por cá, como a lesma, sempre na mesma – “lá vamos, cantando e rindo, levados, levados sim...” –, continuamos resignados a uma Constituição que, para além de apelidar de fascistas a quem defende a autodeterminação da sua terra, insiste na proibição dos “Partidos Regionais”.
* Razões ainda não completamente esclarecidas levaram-me, ontem, a enviar via e.mail um anexo sem o respectivo texto. Resta-me pedir desculpas; ao A.O. (já dei conta do quanto atrapalhei) e aos leitores (fiquei sabendo que os há. Assíduos).
O exemplo mais visível é o económico. Mas não é só economicamente que a Espanha “dá cartas” a Portugal. Também no que respeita à consolidação da democracia, a Espanha, não obstante ter saído mais tarde da longa e cruel – mais cruel do que a portuguesa – ditadura que a atrofiou, está muito mais avançada do que Portugal. Pode mesmo dizer-se que entrou no século XXI de cabeça erguida, em nada se comparando com o vizinho ocidental, o Portugal complexado, colonodependente, cuja Constituição, mesmo depois das suas sucessivas revisões (a última das quais bem recente), continua tratando os Açores e a Madeira de forma muito semelhante com aquela que a Constituição de 1933 tratava Cabo Verde, São Tomé e as restantes colónias africanas.
Regressemos ao BNG. Com pouco mais de 10000 militantes, o “principal partido nacionalista galego da Galiza” tem autarcas eleitos em diversos concelhos da Galiza, deputados no Parlamento Galego, no Congresso Espanhol, tendo até, no auge daquele que foi o seu melhor ciclo eleitoral [1996; 2 deputados ao Congresso Espanhol/1997; 18 deputados no Parlamento Galego/1999; 589 deputados Municipais/2000; 3 deputados ao Congresso Espanhol], em 1999, eleito um deputado, Camilo Nogueira, para o Parlamento Europeu.
E nós por cá, como a lesma, sempre na mesma – “lá vamos, cantando e rindo, levados, levados sim...” –, continuamos resignados a uma Constituição que, para além de apelidar de fascistas a quem defende a autodeterminação da sua terra, insiste na proibição dos “Partidos Regionais”.
* Razões ainda não completamente esclarecidas levaram-me, ontem, a enviar via e.mail um anexo sem o respectivo texto. Resta-me pedir desculpas; ao A.O. (já dei conta do quanto atrapalhei) e aos leitores (fiquei sabendo que os há. Assíduos).
Do próprio, algures in A. O. 27/09/06