Goste-se ou não da forma e do estilo – se há quem não recomende, há também quem pareça não desgostar sobremaneira –, a inconfundível maneira de estar na política de Alberto João Jardim causa (pelo menos no que me diz respeito) bastante menos engulhos do que o excessivo número de mandatos que o mesmo já colecciona (e José Sócrates permitiu-lhe esticar este último por mais dois anos).
É na alternância dos detentores do poder que encontro uma das maiores vantagens da democracia. Um mandato pode ser pouco; dois, em condições normais, seria sempre o ideal. Três, em circunstâncias excepcionais, até pode ser aceitável; mais do que isso, sinceramente, é demais!
A vitória de Alberto João Jardim, uma expressiva vitória, é também um triunfo para o povo da Madeira, e mais ainda, uma inequívoca manifestação do seu desejo de mais e maior autonomia (o que não deixa de ser válido mesmo quando, na falta de melhor, “ao dono da quinta”, e para que este possa garantir a posse da dita, se obriga a “ que abra os cordões à bolsa”).
O desfecho da última disputa eleitoral na Pérola do Atlântico só surpreendeu pela dimensão da derrota que o PS/Madeira averbou. Nem mesmo as consequências da recente alteração à lei eleitoral daquela Região, alargando substancialmente a representação política com assento parlamentar na Assembleia Legislativa da Madeira, esbateram a retumbante vitória de Alberto João Jardim. Bem pelo contrario! Ficou a amostra; na Madeira – tal como nos Açores, espero – será cada vez mais difícil vencer eleições impondo soluções de fora para dentro, sobretudo quando estas assentam em políticas que tendem a acabrunhar a, já de si escassa, autonomia até agora conseguida.
É na alternância dos detentores do poder que encontro uma das maiores vantagens da democracia. Um mandato pode ser pouco; dois, em condições normais, seria sempre o ideal. Três, em circunstâncias excepcionais, até pode ser aceitável; mais do que isso, sinceramente, é demais!
A vitória de Alberto João Jardim, uma expressiva vitória, é também um triunfo para o povo da Madeira, e mais ainda, uma inequívoca manifestação do seu desejo de mais e maior autonomia (o que não deixa de ser válido mesmo quando, na falta de melhor, “ao dono da quinta”, e para que este possa garantir a posse da dita, se obriga a “ que abra os cordões à bolsa”).
O desfecho da última disputa eleitoral na Pérola do Atlântico só surpreendeu pela dimensão da derrota que o PS/Madeira averbou. Nem mesmo as consequências da recente alteração à lei eleitoral daquela Região, alargando substancialmente a representação política com assento parlamentar na Assembleia Legislativa da Madeira, esbateram a retumbante vitória de Alberto João Jardim. Bem pelo contrario! Ficou a amostra; na Madeira – tal como nos Açores, espero – será cada vez mais difícil vencer eleições impondo soluções de fora para dentro, sobretudo quando estas assentam em políticas que tendem a acabrunhar a, já de si escassa, autonomia até agora conseguida.