“Viagens por entre coordenadas” é título – e o mote – de uma preciosa mostra de mapas da ilha de São Miguel expostos em zona de grande circulação na Biblioteca Pública de Ponta Delgada (até 30 de Junho), que assim possibilitam ao mais comum dos mortais uma extraordinária proximidade com autenticas raridades (documentos datados de 1771, 1793, 1806 …), alguns deles exemplares únicos; quase como que um privilégio, logo ali ao virar da esquina, mesmo quando só de passagem!
Sou daqueles que encontra em Gaspar Frutuoso razões mais que suficientes para localizar a ponta Delgada em Santa Clara (não sei por mais quanto tempo – espero que muito -, mas, com ou sem POOC, enquanto “o progresso” não arrasar o pouco que sobra da orla marítima original de Ponta Delgada, ela, “a ponta delgada e rasa…”, lá está, podendo ainda ser cotejada tendo por base a detalhada descrição que o Cronista Mor fez do local). Porém, se estas razões não bastassem, as reproduções das cartas de Luís Teixeira (1584 e 1587; portanto, contemporâneas das “Saudades da Terra”), cosmógrafo e cartógrafo que ao serviço do soberano de então – Filipe II de Espanha, I de Portugal – calcorreou os Açores descrevendo e desenhando com grande rigor cada uma das ilhas (e todas elas no seu conjunto), permitiriam afastar qualquer dúvida que Frutuoso me suscitasse!
Sou daqueles que encontra em Gaspar Frutuoso razões mais que suficientes para localizar a ponta Delgada em Santa Clara (não sei por mais quanto tempo – espero que muito -, mas, com ou sem POOC, enquanto “o progresso” não arrasar o pouco que sobra da orla marítima original de Ponta Delgada, ela, “a ponta delgada e rasa…”, lá está, podendo ainda ser cotejada tendo por base a detalhada descrição que o Cronista Mor fez do local). Porém, se estas razões não bastassem, as reproduções das cartas de Luís Teixeira (1584 e 1587; portanto, contemporâneas das “Saudades da Terra”), cosmógrafo e cartógrafo que ao serviço do soberano de então – Filipe II de Espanha, I de Portugal – calcorreou os Açores descrevendo e desenhando com grande rigor cada uma das ilhas (e todas elas no seu conjunto), permitiriam afastar qualquer dúvida que Frutuoso me suscitasse!
Como a Biblioteca Nacional de Florença não é local de visita regular, nem a “Portugaliae Monumenta Cartographica” (onde estão reproduzidos os mapas de Luís Teixeira) documento de fácil acesso, sinto um “arrepio na espinha” sempre que me detenho em frente às relíquias agora expostas. Até porque, em todos elas – sem nenhuma excepção –, lá está a ponta Delgada inequivocamente em Santa Clara, logo após o “Calhau da Areia”; ali mesmo atrás da Igreja.
Do próprio, in A. O. 22/05/07; “Cá à minha moda”