Entre nós – imerecidamente, digo eu! –, passou despercebida a notícia sobre um facto que devia encher de orgulho, servindo de exemplo e rumo, até mesmo ao mais acanhado dos autonomistas. Refiro-me ao caso de a 2 Janeiro de 2008, a nação Catalã se ter transformando na primeira comunidade autónoma espanhola a gerir e controlar de forma independente os impostos gerados no seu território. Este extraordinário avanço no processo autonómico Catalão – nunca é demais acenar com estes exemplos aos que, no caso dos Açores, não perdem uma única oportunidade para discorrer sobre os limites da autonomia –, foi só uma das prerrogativas incluídas na recente (2005) alteração ao seu Estatuto de Autonomia, documento cujo preâmbulo realça que “o Parlamento da Catalunha definiu, de forma amplamente maioritária, a Catalunha como nação”, e recolheu um expressivo apoio junto do Povo Catalão.
Brava gente. Como os entendo, a começar pelo catalão anónimo que inquirido sobre a polémica recente lírica do hino espanhol diz qualquer coisa como: “Acho bem. Trautear é pouco, os espanhóis também têm o direito de poder cantar o seu hino!” Só lhe faltou “encher o peito” e cantar;
Brava gente. Como os entendo, a começar pelo catalão anónimo que inquirido sobre a polémica recente lírica do hino espanhol diz qualquer coisa como: “Acho bem. Trautear é pouco, os espanhóis também têm o direito de poder cantar o seu hino!” Só lhe faltou “encher o peito” e cantar;
“Catalunha, triunfante,
tornará a ser rica e cheia!
Por detrás desta gente
tão ufana e tão soberba!
Bom golpe de foice!
Bom golpe de foice, defensores da terra!
Bom golpe de foice!
Agora é hora, segadores!
Agora é hora de estar alerta!
Para quando chegar o outro Junho
amolem bem as ferramentas! Bom golpe de foice!
Bom golpe de foice, defensores da terra!
Bom golpe de foice!
Que trema o inimigo
mostraremos a nossa bandeira:
como fazemos cair as espigas de ouro,
quando convém seguir cadeias!
Bom golpe de foice!
Bom golpe de foice, defensores da terra!”
(a tradução possível do Hino Catalão)
A. O. 15/01/08; “Cá à minha moda”