Tenham medo. Muito medo.
Não. Não tem nada a ver com o veto de S. Exa. o Representante da República Portuguesa aqui nos Açores. Com isso podemos nós bem. Podemos bem melhor com o veto de S. Exa. do que com a descriminação remuneratória de uns quantos – cada vez em maior número – funcionários da República Portuguesa que à laia privilegiados representantes coloniais, vêem para estas ilhas fruir douradas comissões de serviço.
Tenham medo. Muito medo. Mas não das queixas de falta de solidariedade Açores vs Portugal de muitos mais – parte deles inexplicavelmente entre nós (é incrível como tudo serve de arma de arremesso político-partidário) – que se esquecem que este mesmo Portugal não foi solidário com outros, nomeadamente aqueles a quem, no Oriente, espoliou das especiarias e do seu comércio, ou na América do Sul, do ouro e de outras preciosidades, e em África, de diamantes, petróleo e do muito mais. Um Portugal ao qual agora pouco mais resta do Império Colonial do que os Açores, o valor geoestratégico, e a imensidão e riqueza do seu mar, o que só por si torna insignificante aquilo que alguns dizem serem os “milhões que para cá são enviados para os açorianos poderem sobreviver” (veja-se como o mar de Timor permite a um país "paupérrimo" solidarizar-se com Portugal, "chegando-se à frente" para comprar divida soberana portuguesa!).
Tenham medo, muito medo, mas não das balelas. Balela por balela, tenham medo sim, porque já faltam menos de dois anos para aquele que muitos dizem ser o fatídico 21 de Dezembro de 2012: resultado da colisão de um asteróide com a Terra, dizem uns. Estranho alinhamento da Terra, Sol e um buraco negro existente no centro da nossa galáxia, invulgar orientação da qual resultará a alteração do campo magnético da Terra com consequências dramáticas, dizem outros. Do abandono da sua orbita por parte do planeta verde, que assim, errante, iniciará um longo e desregulado percurso pelo Universo, referem outros ainda. E, como nem todos são assim tão pessimistas, há também aqueles que apontam para 22 de Dezembro de 2012 o dia da chegada dos extraterrestres, o que não será obrigatoriamente uma má notícia.
E é de ter medo sim, porque estes anúncios de fim do mundo não provêm de apenas uma fonte: desde as antigas filosofias chinesas sobre concepções do mundo contidas em “I Ching” aos argumentistas da série “Ficheiros Secretos”; da Sibyl da Roma Clássica ao Nostradamus da Idade Média; dos astrónomos Maias a Einstein – saltando Merlin e outros profetas (incluindo os dos últimos dias) – têm sido muitos a profetizá-lo e são muitas as coincidências entre as profecias.
Tenham portanto medo. Tanto quanto o que tenho, sobretudo agora, tranquilo que estou, depois de ter encontrado no 21 de Dezembro de 2012 assunto para terminar com a angústia que desde o final do Domingo p.p. sentia por se aproximar o 21 de Dezembro de 2010 (data de publicação desta coluna, sem eu ter assunto para ela).
Por mim, e por agora, já está.
Não. Não tem nada a ver com o veto de S. Exa. o Representante da República Portuguesa aqui nos Açores. Com isso podemos nós bem. Podemos bem melhor com o veto de S. Exa. do que com a descriminação remuneratória de uns quantos – cada vez em maior número – funcionários da República Portuguesa que à laia privilegiados representantes coloniais, vêem para estas ilhas fruir douradas comissões de serviço.
Tenham medo. Muito medo. Mas não das queixas de falta de solidariedade Açores vs Portugal de muitos mais – parte deles inexplicavelmente entre nós (é incrível como tudo serve de arma de arremesso político-partidário) – que se esquecem que este mesmo Portugal não foi solidário com outros, nomeadamente aqueles a quem, no Oriente, espoliou das especiarias e do seu comércio, ou na América do Sul, do ouro e de outras preciosidades, e em África, de diamantes, petróleo e do muito mais. Um Portugal ao qual agora pouco mais resta do Império Colonial do que os Açores, o valor geoestratégico, e a imensidão e riqueza do seu mar, o que só por si torna insignificante aquilo que alguns dizem serem os “milhões que para cá são enviados para os açorianos poderem sobreviver” (veja-se como o mar de Timor permite a um país "paupérrimo" solidarizar-se com Portugal, "chegando-se à frente" para comprar divida soberana portuguesa!).
Tenham medo, muito medo, mas não das balelas. Balela por balela, tenham medo sim, porque já faltam menos de dois anos para aquele que muitos dizem ser o fatídico 21 de Dezembro de 2012: resultado da colisão de um asteróide com a Terra, dizem uns. Estranho alinhamento da Terra, Sol e um buraco negro existente no centro da nossa galáxia, invulgar orientação da qual resultará a alteração do campo magnético da Terra com consequências dramáticas, dizem outros. Do abandono da sua orbita por parte do planeta verde, que assim, errante, iniciará um longo e desregulado percurso pelo Universo, referem outros ainda. E, como nem todos são assim tão pessimistas, há também aqueles que apontam para 22 de Dezembro de 2012 o dia da chegada dos extraterrestres, o que não será obrigatoriamente uma má notícia.
E é de ter medo sim, porque estes anúncios de fim do mundo não provêm de apenas uma fonte: desde as antigas filosofias chinesas sobre concepções do mundo contidas em “I Ching” aos argumentistas da série “Ficheiros Secretos”; da Sibyl da Roma Clássica ao Nostradamus da Idade Média; dos astrónomos Maias a Einstein – saltando Merlin e outros profetas (incluindo os dos últimos dias) – têm sido muitos a profetizá-lo e são muitas as coincidências entre as profecias.
Tenham portanto medo. Tanto quanto o que tenho, sobretudo agora, tranquilo que estou, depois de ter encontrado no 21 de Dezembro de 2012 assunto para terminar com a angústia que desde o final do Domingo p.p. sentia por se aproximar o 21 de Dezembro de 2010 (data de publicação desta coluna, sem eu ter assunto para ela).
Por mim, e por agora, já está.
Quanto à eficácia do veto de S. Exa., julgo que ainda antes do fim de 2010 a poderemos aferir.
Mais difícil será para conhecer a forma como Portugal irá adiar a “banca rota” que há séculos o assola. Para tal há que esperar um pouco mais: talvez no segundo trimestre de 2011 já saibamos se o FMI deixa que outros façam aquilo que ele gosta e sabe fazer.
Bem. Sobre o fim do mundo – no que às cuecas diz respeito, ficará, talvez, para outra ocasião –, bom, esta é a melhor parte, até porque, dizem outros profetas e sábios, nesta altura, em Portugal, a economia já está a recuperar. Profecias!
Daqui a dois anos veremos se é para rir ou chorar por mais.
Bem. Sobre o fim do mundo – no que às cuecas diz respeito, ficará, talvez, para outra ocasião –, bom, esta é a melhor parte, até porque, dizem outros profetas e sábios, nesta altura, em Portugal, a economia já está a recuperar. Profecias!
Daqui a dois anos veremos se é para rir ou chorar por mais.
A.O. 12/21/10; “Cá à minha moda" (revisto e acrescentado)