A “provocação” do “Anonymous piscador de olhos” (se não fores o “bófia” não me deixes continuar pensando que o és) e o apoio/amparo que o Açor quis dar, mexeram com a memória de outras viagens “exóticas”. “Amanhem-se” uns, desculpem lá os outros! A “talho de foice”, vou tentar também corresponder ao apelo do LSMelo.
Tal como me aconteceu à mais de vinte anos quando visitei a União Soviética – onde por exemplo, depois de deambular durante mais de uma hora por um emaranhado de ruas à volta do hotel em Moscovo onde fiquei, acabei entrando num centro comercial, muito semelhante ao que, à época, era o Centro Comercial de Alvalade (Lisboa), local onde, para além de escutar música que na altura se podia ouvir nos mais actualizados circuitos comerciais, pude também “jogar” em “slot machines (aí tirei o único “jack pot” da minha vida. Com tanto dinheiro, então, até uma bicicleta trouxe da Rússia para o meu filho), e conviver com jovens em nada diferentes (aspecto, forma vestir, gostos musicais, temas de conversa, assuntos de interesse) dos que conhecia, ou havia contactado, um pouco por toda a parte do “mundo capitalista” –, também em Cuba, muito recentemente, fora dos circuitos turísticos, qualquer espírito curioso, com olhos e ouvidos bem abertos, já consegue pressentir a mudança.
(a bicicleta soviética, e o ciclista a quem ela se destinou, hoje um homem, e que se me ouvir - ele ouve-me pouco - deveria ir complementar a sua formação a Cuba; do melhor que há na sua área de especialidade.)
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Eu até diria mais; parece-me ser a natureza, e o extraordinário vigor físico com que esta presenteia o “velho guerrilheiro", o que mais contribuiu para que em Cuba, aparentemente, “tudo siga sem câmbio”!
Mais do que “o colete-de-forças” que o regime impõe – é um facto! –, há uma enorme parcela da população (principalmente nos escalões etários superiores) que mesmo criticando e lamentando as suas dificuldades com que vive, por gratidão para com “o Manolo” (nome meio carinhoso, meio jocoso que chamam a Fidel), não se importam de esperar pacientemente – e paciência é o que não falta aos cubanos –, mais um pouco, para poupar ao seu líder o desgosto de ter de ver o desmoronar do “paraíso” em que acreditou, e, quero crer, ainda acredita. Romantismos!
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Vamos então aos tais contrastes anunciados em título:
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MERCADOS
Da Cuba "capitalista".....Da Cuba Popular
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NEGÓCIOS
Da Cuba "capitalista"....................Da Cuba popular
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COMÉRCIO
Da Cuba "capitalista"...........Da Cuba popular (entre o carro vermelho e o azul, mesmo em frente à loja da ADIDAS, lá está um outro estabelecimento comercial)
Da Cuba em transição ; (a prateleira à esquerda tem artigos à venda na moeda popular, mas os expostos nas duas da frente só com pesos convertíveis podem ser adquiridas)
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LAZER, ALIMENTAÇÃO e BEBIDAS
Da Cuba "capitalista" (não fiz - e recuso-me a "postar" - fotos em Varadeiro)
Da Cuba popular, um dos muitos bares que se vê no coração de Havana [N/S; da Concórdia até à Simão Bolivar(Reina), e, E/O; da Padre Varela(Belascoain) até à Av. de Italia (Galiano)], e esta linda praia (também numa peninsula muito concorrida pelo turismo; a de Zapata), mas onde os baleáreos e sanitários fazem lembrar - para muito pior - o "Jácome Correia" da minha infância.
Nota: para já, nem todas as fotos, com um "clikc", se conseguem ampliar. Tentarei melhorar!