terça-feira, julho 01, 2008

Tudo muito “Simplex”, mas …



Finalmente, já estava hoje na minha caixa de correio algo que, pelo que me disseram a 20 de Março p.p. não deveria demorar a lá chegar mais do que quatro ou cinco semanas (como se uma “mão cheia” de semanas já não fosse um tempo por de mais “complex”). Acresce que, no entretanto, passaram também mais outras três semanas desde o dia em que, um mês e meio depois de iniciar o modo, moderno, e supostamente rápido de obter o novo e polivalente meio de identificação, e após uma outra demorada passagem pela “catedral simplex” cá do sítio, me convenceram – e fi-lo! – a pedir uma segunda via do documento em causa, agora perfeitamente dispensável.
Por óbvia necessidade, e convencido da rapidez de um sistema que o socrático marketing político – eficaz a vender, mas nada bom, e por vezes até muito mau, quando chega a hora do “serviço pós venda” – se encarregou de anunciar como mais simples e rápido (os: isso, aquilo e aquele outro “na hora”) do que tudo aquilo a que já nos tínhamos habituado esperar duas ou três semanas para conseguir, fui trocar o meu BI pelo multiusos Cartão do Cidadão. Sinceramente, nunca imaginei a “grande seca” que me aguardava. E, ainda nem fui confirmar os respectivos PIN’s!
De facto, podem chamar-lhe o que quiserem, mas um processo que começa antes da Primavera e só termina com o Verão já a decorrer, pode ser tudo, mas “Simplex” não é de certeza!
“Super Simplex” sim, é, pelo que se vai sabendo, a cobrança coerciva – com ameaça de penhora e tudo – de impostos mesmo quando indevidos, e, até, das multas de “mau estacionamento”, sobretudo quando aplicadas numa cidade que transformou em lugares de parqueamento pago (o preço do petróleo vai ajudar a “meter pelos olhos dentro” o que, apesar de dito à saciedade, nunca quiseram ouvir: é numa boa rede de transportes públicos, e não no estacionamento em plena “down twon”, que está a solução!) as suas estreitas artérias, algumas das quais, nem “passeios” por onde os peões possam circular em segurança, possuem.

A. O. 01/06/08; “Cá à minha moda” (Revisto e acrescentado)