O Povo Açoriano – em rigor, há que descontar os mais de 50% de abstencionistas – respondeu com clareza às duas questões mais profusamente divulgadas na campanha eleitoral:
“Melhor é possível”, afirmavam uns. Sim, foi; confirmou-o o Povo. Votando de modo a fazer-se representar com maior amplitude, e, sobretudo, de forma menos exclusiva.
“Que bom é ser açoriano”, repetiram outros quase até à exaustão. Pois claro que é; e mais uma vez o Povo corroborou, indiciando, claramente, que tanto melhor assim será, quanto mais plural for a forma como estiver parlamentarmente representado.
Ironias à parte; finalmente aconteceu – embora ainda me não satisfaça completamente – um significativo alargamento da base de representatividade do Parlamento Açoriano! Convenhamos que era frustrante, quase 35 anos depois do Abril que terminou com 48 anos de ditadura (5 de Revolução Nacional, 37 de Estado Novo Salazarista e mais 6 de Primavera Marcelista), que, aqui nos Açores, mesmo que democraticamente eleitos, se não encontrasse melhor substituta para a União Nacional do antigamente, do que uma união conjuntural de interesses, à volta da qual, o serviço cívico que a política deveria desempenhar, na prática, esteja praticamente transformado numa actividade económica para sustento de carreiras profissionais privilegiadas.
Se para mais não servir – e servirá, estou convicto! –, o resultado eleitoral do passado Domingo prova que o trabalho inteligente, esforçado, metódico e organizado, independentemente dos meios disponíveis, é geralmente bem recompensado. Tal como terá, com certeza, enorme relevância política o facto de, agora, quase todas as forças políticas concorrentes (será desta que o PDA aprende?) terem ganho representação parlamentar. E, o que não deixa de ser menos importante, nem todas o conseguiram só “por obra e graça” do circulo de compensação!
Se para mais não servir – e servirá, estou convicto! –, o resultado eleitoral do passado Domingo prova que o trabalho inteligente, esforçado, metódico e organizado, independentemente dos meios disponíveis, é geralmente bem recompensado. Tal como terá, com certeza, enorme relevância política o facto de, agora, quase todas as forças políticas concorrentes (será desta que o PDA aprende?) terem ganho representação parlamentar. E, o que não deixa de ser menos importante, nem todas o conseguiram só “por obra e graça” do circulo de compensação!
Sim: foi possível fazer melhor.
E, claro que é – e cada vez mais assim será – muito bom ser açoriano.
E, claro que é – e cada vez mais assim será – muito bom ser açoriano.
Pena é que, alguns, só recentemente se tenham disso dado conta!
A. O. 21/10/08; “Cá à minha moda” (Revisto e acrescentado)