“Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”,
o que, em política, e tendo em conta o que se está assistindo, me dá uma enorme pena!
Recordar Lavoisier é o mínimo que me ocorre quando observo o actual PGA e líder do PS/Açores que, perdendo uma oportunidade histórica de fazer muito diferente – para melhor – do que o que aconteceu na recta final do “motaamarelismo”, em muitos aspectos mais não faz do que copiar os métodos usados em finais de 80, inicio de 90; o que, ironia das ironias, eram práticas que o próprio C. César, então, também denunciava e criticava com veemência.
Recordar Lavoisier é o mínimo que me ocorre quando observo o actual PGA e líder do PS/Açores que, perdendo uma oportunidade histórica de fazer muito diferente – para melhor – do que o que aconteceu na recta final do “motaamarelismo”, em muitos aspectos mais não faz do que copiar os métodos usados em finais de 80, inicio de 90; o que, ironia das ironias, eram práticas que o próprio C. César, então, também denunciava e criticava com veemência.
Tudo isto vem a propósito desta campanha eleitoral, que continua frouxa e desinteressante, embora, agora que se aproxima da recta final, e se concentra em terrenos eleitoralmente mais produtivos – São Miguel, com ou sem circulo de compensação, continua sendo o reduto eleitoralmente mais rentável –, não obstante ter aumentado o seu “nível do ruído”, pouco ou nenhum contributo tem acrescentado em termos de esclarecimento essencial. Talvez por isso, confirmando-se os “zuns-zuns” que por aí circulam, a abstenção dispare para números nunca antes vistos (o que até acaba favorecendo quem os abstencionistas, inconscientemente, julgam castigar).
Se nas fileiras do poder é o que se vê, com um César imperial centrando em si as atenções – como que para disfarçar, ou até mesmo, quiçá, envergonhado das estrelas mortiças ou já mesmo cadentes da constelação que encabeça (eis aqui outra das semelhanças com o final do ciclo anterior) –, o principal grupo oposicionista não está melhor. Aí, ao contrário, o “líder” é como que “empurrado” pelo que sobra de um exército destroçado, caduco – porque não dizê-lo! –, desalinhado, assim provando à saciedade o provérbio que reza: “em casa onde não há pão…”.
À margem:
É verdade, ou será apenas mais um boato, que se está vivendo no redemoinho de uma crise financeira global, sem precedentes para a maioria dos vivos?
É que, tratando-se de boato, então passo a entender o porquê deste não ser um tema de campanha!
Jornal de Campanha - AO 14/10/2008 (Revisto e eacrescentado)