quarta-feira, outubro 12, 2011

Mais um aniversário: o sexto


Parece que foi ontem, mas entretanto já passaram seis anos sobre a eleição dos primeiros Órgãos Autárquicos de Santa Clara, o culminar de um longo processo (“a luta” durou meio século) iniciado pelo incontornável Padre Fernando “de Santa Clara” em meados da década de cinquenta do século XX, percurso ora dinâmico, ora silencioso – e também silenciado –, que, como se viu, bem semeado que foi, e por ter sido sempre devidamente alimentado pela férrea perseverança dos santaclareses, frutificou.
Seis anos parecem poucos (quando comparado com o muito que Santa Clara mudou para melhor neste mesmo período), mas, e sobretudo tendo em conta as pretensões daqueles que reverenciando os poderosos não vacilam quando se trata de esmagar os mais fracos (vejam como eles já deixaram de falar em acabar com Municípios – e respectivas gastadoras empresas municipais - e agora só falam de Juntas de Freguesia. Há empresas municipais que gastam mais, e servem menos, do que todas as Juntas de Freguesia do respectivo Município!), e as “nuvens negras” com que se alimentam e dopam, meia dúzia de anos é já tempo suficiente para apresentar um bem representativo balanço.
Ora vejamos (só o mais “grado”, para não nos dispersarmos com pormenores):
Quem não se lembra da “Príncipe do Mónaco”, de como aquela nobre via de Ponta Delgada era, e de como agora está (desde “as Cancelas” até ao Ramalho”)?
E quem se pode esquecer da enorme “armadilha” que constituía o entroncamento na saída da “envolvente a Ponta Delgada”, agora substituído pela “Rotunda Vida Nova” (assim já é habitual chamar-lhe), que a Norte da “Príncipe do Mónaco”, entre o mais, ordena e disciplina a passagem de veículos em direcção a Santa Clara, em especial o grande fluxo de transito pesado originado pelo Porto de Ponta Delgada?
E do degradante baldio, autêntica “sala de chuto a céu aberto” em que estava transformado o que restava da “Mata da Doca”, zona que hoje, reabilitada, se metamorfoseou no pitoresco, ameno, frondoso e agradável “Jardim Padre Fernando”?
Ou do velho “Caminho Velho do Ramalho”, antes impróprio até para peões, mas já – embora ainda não concluído –, completamente melhorado, com passeios e espaços de estacionamento, que assim irá proporcionar mais conforto aos seus utentes e residentes?
Mais podia já estar feito (recordo a 2ª Rua de Santa Clara e a Rua do João do Rego: birras, teimosias e as naturais complicações o impedem) e mais terá de ser feito (do “Matadouro” o pior já passou, e para os “Tanques do Óleo” o 2013 já está a chegar), mas o que já está resolvido permite apresentar um balanço com resultados altamente positivos.
Porém não é só o que está à vista aquilo que valoriza este balanço. No seu “Deve” e “Haver”, para além das coisas, há também que salientar o projecto e as pessoas. De forma especial estas últimas, que são principal activo a valorizar nesta, e em muitas outras prestação de contas. Neste sentido, nunca é demais repetir que a gestão da Freguesia de Santa Clara assenta num projecto de cidadania, não subordinado aos habituais interesses político-partidários – ou, dito de outra forma, colocando sempre muito acima destes os reais interesses de Santa Clara (que pena alguns, uma minoria felismente, não perceberem isso!) –, um desígnio de participação cívica, de mobilização, de proximidade e grande interacção com a comunidade, e cujos resultados já são perfeitamente visíveis: é assim com a elevada participação na discussão dos problemas nucleares da freguesia; assim é quando há que mobilizar para chamar a atenção e agitar consciências sempre que a freguesia é discriminada ou vítima de falsas promessas; assim foi para minimizar, e praticamente tornar residual um grave problema de tráfico de estupefacientes que, às claras, e durante largos anos, incomodou e envergonhou toda a comunidade; assim tem sido, e será, na organização e promoção de variadas acções, eventos que honrando Santa Clara extravasam as fronteiras de Ponta Delgada e dos Açores. E tudo com conta, peso, medida e endividamento ZERO: esta é que é esta!
Parabéns!
A.O. 11/10/2011; “Cá à minha moda" (revisto e acrescentado)