sábado, janeiro 17, 2015

OLD PDL_1: O “Calhau da Areia”



1    -  Esquisso mostrando o perfil do "Calhau da Areia" antes dos aterros efectuados para a .......passagem das "locomotivas da doca". 
1.1 -  Localização do "Castelinho" (atenda-se à distancia entre este e a linha de água).
2    -  Planta mostrando o perfil do "Calhau da Areia" na década de cinquenta.
2.1 -  Localização do "Castelinho" (atenda-se à distancia entre este e a linha de água).
2.2 - Zona onde estava o "Cunhal da maré".
3    - Foto do "Calhau da Areia" na década de sessenta.
3.1 - Pormenor do "Cunhal da Maré".
4    - Foto do "Calhau da Areia" na década de oitenta.
5    - Foto do "Calhau da Areia" hoje.

A histórica enseada ainda lá está. Os habitantes locais chamam-na “Calhau da Areia”. Porém, areia, hoje, é pouca ou nenhuma a existente naquela antiga cala. Mas as diferenças não estão só na actual inexistência de areia. Se compararmos o que agora lá se pode observar com as descrições que desde o século XVI existem do local outras alterações são identificadas: a começar pelo seu perfil, antes uma cavada goleta entrando terra dentro até aos contrafortes do “Castelinho”, hoje uma elíptica alongada. Ao longo dos tempos, sobretudo a partir de meados do século XIX, com a construção do porto artificial de Ponta Delgada, vários aterros transformaram a sua forma original. Nem o “Cunhal da Maré”, imponente penedo que qual farol assinalava o zóster com melhor acessibilidade e mais protegido daquele anco, conseguiu resistir: foi mais uma - ainda recente - terraplanagem, para sobre ela alicerçar a inútil etar que lá se está a degradar, que o enterrou! Da primordial calheta apenas o seu comprimento se não alterou. Ela lá está, com a dimensão de antanho, espartilhada entre as duas pontas que sempre a definiram: a dos Algares, ou dos Aringas, a Nascente, a Delgada, ou de Santa Clara, a Poente. Duas extremidades pouco altas, progressivamente afundando-se mar adentro, que, basálticas que são, ao longo dos séculos se mantiveram firmes, determinando o início e fim da baía. Pequena, porém historicamente rica: Foi nela que desembarcavam os habitantes de Vila Franca, então Capital, quando para aquela zona vinham à caça de porcos bravios; Depois dos caçadores, e seguindo-lhes as pisadas, por aquela enseada chegaram também os primeiros habitantes a fixarem-se nesta latitude da ilha; Foi ainda naquele portinho que desde os primórdios varavam seus barcos os pescadores do pequeno núcleo populacional que está na origem da actual maior e mais importante cidade dos Açores!
Em Santa Clara, do “Calhau da Areia” até à Nordela, deverá estar a única parcela da costa da cidade que ainda mantém, quase inalterável, o recorte e as características que tinha, quando, em finais do século XV, por lá se fixaram os primeiros habitantes do lugar da ponta delgada. 
Que assim se mantenha!

AO. 17/01/2015; “Cá à minha moda" (revisto e acrescentado) 

domingo, janeiro 04, 2015

2015



Sem querer entrar em concorrência com os muitos “Zandingas” habituais desta quadra, confesso que, como já há muito não acontecia comigo, é grande a minha convicção de, finalmente, o “Ano Novo” poder vir a ser melhor que o “Ano Velho”!
Não. Não é que tenha “embarcado” na propaganda daqueles que não obstante ainda recentemente dizerem “se estar a lixar para as eleições”, agora, dopados pelo frenesim pré eleitoral, até dizem terem-se já dissipado as “nuvens negras” que eles próprios, contra tudo e contra todos, obcecadamente, se encarregaram de escurecer o mais possível (e não fora o Tribunal Constitucional, ainda maior seria o negrume!). 
Não. Definitivamente não “embarquei”, nem “embarco”, na tão cínica quanto enganosa “cantiga” do desafinado duo “Pedro & Paulo”, sonambulamente dirigido a partir do palácio de Belém. 
Esta minha convicção – a de, finalmente, podermos vir a ter um “Ano Novo” melhor do que o finado – é fundamentada numa premissa simples: depois de dois “anos horribillis” difícil será vir, logo de seguida, um terceiro ainda pior! O grave é se a lei das probabilidades não funciona! E os primeiros sinais não foram nada encorajadores: não foi que Ponta Delgada atrasou-se na entrada do ano? Atrasada e envolta em nevoeiro! E logo tudo isso a acontecer no ano em que, e tal como a minha convicção apontava, era grande a vontade para encontrar uma réstia de optimismo.
Bom. Ignoremos os presságios. Até porque o dia um já passou, hoje é dia três, amanhã será Domingo, e para principiar tivemos logo um feriado, uma Sexta e um Sábado, tudo de enfiada.
Que tenham TODOS um ano com muita saúde, próspero e feliz. Mas, não se esqueçam, isso só vai lá se cada fizer a sua parte! BOM ANO. 

AO. 03/01/2015; “Cá à minha moda" (revisto e acrescentado)