sábado, fevereiro 11, 2006

O Cotonete II


(Com um "Click" amplia. Com dois, amplia mais ainda!)


Quem ainda se lembra do COTONETE?

Pois é. O meu gato branco (com cerca de 5Kg.), albino, com mais de 7 anos de idade, que no final de 2004 teve de perder parte das orelhas e um pouco da face, está aparentemente recuperado.
Não devia apanhar sol!
Mas quem o segura em casa num dia como hoje, primaveril, em que o calor do sol sabe melhor que um bom vinho ao almoço?
Eu, não consigo!

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Cantar às Estrelas em Santa Clara IV (pela imprensa)



(Click para ampliar e ler. Depois do primeiro click, pode sempre fazer um segundo, agora no canto inferior direito do resultado da primeira alpliação; dá para ler, acredite)

Já a caminhar para o Carnaval – hoje, “quinta feira de amigas” -, e, porque não há três sem quatro - e isto aqui é o meu arquivo -, aqui vai a quarta e última etapa desta série.

Deixemos as imprecisões por conta de pequenas “falhas na comunicação”.

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Cantar às Estrelas em Santa Clara III (em popular poesia)




(a imagem amplia com um click)

O receber, embora em "conta relógio" (como já alguém disse), foi sempre bom.
Quanto ao cantar....



Intercaladas pelo refrão que quase todos conhecemos;


Hoje é véspera das estrelas
Amanhã é o seu dia
Cantam os anjos no céu
Com prazer e alegria

seguem-se quadras, inéditas, mais ou menos expontâneas, exclusivamente para nós efectuadas. Eis as da autoria do Sr. José de Oliveira:


Nesta porta vim parar
Com verdadeiro empenho
Para assim cumprimentar
Um velho amigo que tenho

Esta foi lembrança nossa,
Apego fundo do coração
Esperando que o amigo possa
Dar-nos um aperto de mão

Há muitas coisas belas
Feitas por um grande artista
Tal como a noite das estrelas
É própria para uma visita

Por favor abre a porta
Eu quero falar contigo
Já que a porta fechada corta
A conversa de um amigo

Eu já vejo a luz acesa
Nesta excelente morada
Quase que tenho a certeza
Que daqui não vou sem nada

Viemos aqui cantar
Aos amigos mais chegados
Para podermos recordar
Os nossos antepassados

Nos Santos tempos de outrora
Esta era noite de alegria
E estamos recordando agora
O que há anos se fazia

Nesta noite se cantava
Quase até de madrugada
E depois se preparava
Uma grande jantarada

Enquanto algum cantava
O que à cabeça lhe vinha
O outro já saboreava
Um pescoço de galinha

E quando era um franguinho
Havia então poucas cautelas
Lá ia mais um copinho
Em memória das estrelas

As estrelas não se esquecem
Tal como a tua amizade
E os do grupo agradecem
A tua boa vontade

Oh meu amigo estimado
Nós já vamos caminhar
Desde já estás convidado
Para nos acompanhar

É mais um que acompanha
O passeio da amizade
E assim o grupo ganha
Mais peso na sociedade

Festa é sempre festa
E com chita ou fino pano
Para uma festa como esta
Só se vai uma vez por ano.

e, ainda, algumas das envidas pela Lúcia Cabral:

Esta tradição não para
Celebremo-la com alegria
Aqui na Nova Santa Clara

Com a estrela como guia

Amigos vamos cantar
Estas quadras em harmonia
Para assim poder saudar
Esta nova freguesia

Vamos vamos nossa gente
Com guitarras e violas
Calzinhos de aguardente
Acordeão e castanholas

Nesta noite que está tão bela
Bem fresca e estrelada
Oh Luís Cabral vem à janela
Traz cachaça ou gemada

Abre a porta oh Fernando

Traz contigo um abafado
Não fiques aí ressonando
De boca virada pró lado

Vai p’ra ti também João
Uma quadra embora diferente
Vai preparando o garrafão
Vamos também a São Vicente

A ambos, MUITO OBRIGADO.

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Cantar às Estrelas em Santa Clara II (em prosa singela)


Rua cheia ..............Casa cheia ...............uma alegria.
(click sobre as fotos para ampliar)


CANTAR ÀS ESTRELAS
(retomar uma tradição adormecida vai para 30 anos)

A tradição do “cantar às estrelas”, com algumas variantes directamente relacionadas com as idiossincrasias de cada uma das localidades, e, de forma bem mais vincada, das diferentes ilhas, mergulha muito fundo no tempo. O quanto, agora talvez só interesse para nos balizarmos numa época em que, ainda não havendo nos Açores bandas filarmónicas, e por isso, não dispondo o povo dos instrumentos de sopro que as mesmas vulgarizaram entre nós, eram as vozes e os instrumentos de cordas a base instrumental das cantatas.

Em Santa Clara, esta manifestação da cultura popular, teve porém, pelo menos (outras haverão com certeza; será interessante pesquisar), duas particularidades;
- Na transição do século XIX para o XX andou muito associada à existência – e também à forma de subsistência – da “Banda União Fraternal”, filarmónica que tinha muitos músicos e alguns beneméritos residindo em Santa Clara, tornando-se o “Cantar às estrelas”, pelas portas, uma forma de retribuir aos sócios, dirigentes e beneméritos, e até mesmo às famílias dos músicos, alguma da dedicação e do apoio recebido ao longo do ano.

- Já durante o século XX, sobretudo no período que medeia o fim a II Grande Guerra e o da Guerra Colonial, em Santa Clara, organizaram-se as chamadas “Danças de Carnaval”; um misto dos “bailinhos da Terceira” (sem o enredo nem a forte vertente de teatro popular que os caracteriza) (1) e das “Marchas de São João” (os arcos eram uma marca muito visível da coreografia), manifestação que de forma satírica, muitas vezes até burlesca, animavam as ruas da freguesia, e da cidade, durante a quadra carnavalesca.
Neste contexto, o “Cantar às Estrelas” também funcionava como uma forma de “afinar a charanga” que entretanto já iniciara os ensaios para o jocoso desfile, e, simultaneamente, conseguir meios para financiar “as danças”.

(1) Elsa Santos, no livro; “Santa Clara: Um Tempo de Festa”, refere ainda, e também, uma forte relação entre o “Cantar às Estrelas” e o teatro popular que se fazia em Santa Clara em período mais ou menos coincidente com aquele em que decorreu o “movimento das danças”.

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Cantar às Estrelas em Santa Clara I (por imagens)


Antes


Últimos ensaios; com o poeta, afinando vozes, acertando o tom!

Durante


Três tempos; o primeiro canto, uma das entradas, já no regresso

Depois


Fim de festa; a delícia do dever cumprido ao som de boa música

("click" sobre as imagens para as ampliar)