terça-feira, janeiro 11, 2005

Michael Collins

Permitindo novo visionamento, passou sábado no Canal Hollyood o épico sobre a “Questão Irlandesa” – assim era tratado o tema pela nossa imprensa nos idos anos 20 – centrado num herói cuja história começa antes daquilo que o filme nos dá a conhecer.
A Michael J. Collins seu pai – com 75 anos quando nasceu “O Líder”, terceiro filho (macho) e o oitavo da sua prole –, tal como ao seu enorme sentido de dever patriótico, ficou a dever-se a educação e preparação que desde cedo lhe foi transmitida, vaticinando-lhe o ancião já no leito de morte: - “He'll do great work for Ireland”.
Michael Collins com apenas seis anos já era possuidor de adiantada iniciação aos valores culturais Irlandeses, processo mais tarde complementado na escola por Denis Lyons, destacado membro do IRB (Irish Republican Brotherhood) e seu professor.
Em 1916, com 26 anos – nove dos quais passados em Londres ao serviço da causa, onde chegou à liderança do IRB –, regressa a Dublin para participar na insurreição em curso. Em 1917 é eleito para a chefia do Sinn Fein, que a partir daí ganha enorme capacidade operacional e eficácia.
Não admira pois que em 1920 já tivesse a cabeça a prémio, tendo sido assassinado – disso já o filme trata – a 22 Agosto de 1922! Coincidência ou não, os últimos grandes embates “regionalistas açorianos” ocorreram nos meses seguintes, em plena campanha para as “eleições administrativas”, tendo o Coliseu Micaelense – então “Coliseu Avenida” – como um dos seus palcos.
Do próprio. In Açoriano Oriental/Cónicas do Aquém