terça-feira, setembro 12, 2006

Regressar a Santa Clara, à Nau da Índia, ao Apolinário, ao Farol.


FAROL: Local aprazado para a concentração; primeiros momentos.
Com os devidos agradecimentos ao "Zé Braçado" e VIDA NOVA FAROL

Estou de “peito cheio” com os primeiros resultados do “Projecto Participar” (o nome é já fruto do método). Ao sucesso da conferência – como parte interessada, perdoem-me a imodéstia –, seguiu-se outro; o da “visita guiada”. Um “brain-storming” que excedeu as expectativas, tanto quanto ao número de participantes, como, e sobretudo, no que concerne há qualidade e exequibilidade das ideias colhidas.
Em tarde de fim de verão, e até o sol mergulhar por completo por detrás da “Nordela”, calcorreamos “a beira da rocha”, entre “o Farol” e o “Calhau da Areia”, com a síntese da visita sendo efectuada paredes-meias com o “Castelhinho”, que, como alguém observou, dado o ambiente gerado (grupos familiares, conversas interessantes), já pouco faltava ao espaço para parecer um jardim.
Entre a “Ponta da Eira” (junto ao Farol), e a “Ponta da Sardinha” (a delgada e rasa (...)), recordando algumas das “bocas” que o meu texto de 29/08 suscitou, não pude deixar de relembrar o Apolinário Serrão e na sua história.
Repetindo a fonte; (Arq. dos Açores, Vol. X pg. 131 e seguintes), julgo não ser demais deixar-vos outras das preciosidades contidas num texto com mais de 400 anos, segundo o seu autor, escrito dentro da trincheira:
As cerca de 100 embarcações, que vindas por “Loeste” há mais de uma semana permaneciam ao largo da costa entre Santa Clara e Vila Franca, pertenciam à armada de Roberto de Bordéus, Conde de Essex, a mesma que no ano anterior havia tomado e saqueado Cadiz e Faro, então (Out. 1957), já acrescida com outros navios entretanto capturados. E foi neste cenário que o Governador mandou encalhar a Nau da Índia em pedra viva, com parte da descarga a fazer-se para as trincheiras de Santa Clara, em pequenos bateis, chegados até ao mar sobre parais.
Do próprio, in A. O. 12/09/06; “Cá à minha moda”