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Quando vejo estas fotos; as pessoas, os cartazes, os dedos indicadores esticados apontando para cima, não me passa pela cabeça outra coisa se não a enorme quantidade de "fascistas" e "grandes capitalistas" presentes, "treinando" para o 25 de Novembro que seis meses depois viria a acontecer em Portugal.
Como se não fosse da independência dos Açores do que se travava.
Sinceramente!
Após vários anos de oportuno ostracismo – tipo; “usar e deitar fora” –, foi já na era dC (C de César) que o 6 DE JUNHO teve “honras” de data institucional. A memória colectiva estava então tão eficazmente anestesiada – muito embora, quando a jeito, sempre alguém a espevitasse! – que no debate que a RTP/A promoveu sobre o assunto a 6 Junho de 97, entre a “velha tese” de uma primária luta anti-comunista, ou outra já então a ganhar corpo; o ensaio geral para o 25 Novembro, foram do saudoso Albano Pimentel (em 6/6/75 do outro lado da barricada) os mais lúcidos e coerentes depoimentos!
Hoje, para dar sentido ao 6 de Junho, há que erguer a cabeça e olhar em frente:
. Não ter de pedir licença para ensinar ao Povo a que pertencemos a nossa própria História, nela incluindo todos os 6 de Junho que precederam o de 1975, entre outros, o de 1 Março de 1821, ou o de 2 de Março de 1895;
. Revoltarmo-nos contra a subjugação das leis que nos conotam com o fascismo por defendermos a nossa independência;
. Indignarmo-nos por nos impedirem de organizar em partidos aqui originários, único modo democrático de lutar, sem subtilezas, pelos nossos próprios interesses!
Como tributo ao 30º aniversário do 6 de Junho, aqui fica um trecho de uma polémica conferência de imprensa (Lisboa, Nov. /1986) do Dr. José de Almeida:
“ (…)A independência não passa, assim, de conclusão lógica e natural desse processo histórico que tem vindo a desenvolver-se e a tomar corpo através dos séculos (…)
Do próprio. In Açoriano Oriental/Cónicas do Aquém