1ª Foto (preto e branco): Os riscos a preto grosso representam a àrea predominantemente habitacional do PDM revisto, que, segundo o documento agora em discussão pública, ainda mantém disponível mais de 50% do seu total.
2ª Foto (a cores): Sensivelmente a mesma zona, com a área proposta para solo urbano predominantemente habitacional segundo a actual revisão ao PDM, agora representada a rosa espesso. Chamo a atenção para a "forçada invasão" (centro direita; interior) que esta fáz, mais ainda, pelo solo inequivocamente agricola adentro.
O PDM agora em discussão, como instrumento de planeamento e ordenamento que é – ou deverá ser –, a páginas tantas, elucida-nos:
a) - “As áreas incluídas nos Espaços Urbanos delimitados no Plano Director Municipal não se encontram totalmente ocupadas permanecendo muitos espaços intersticiais expectantes dentro do perímetro urbano. (…) A percentagem de área livre varia entre 12,3% em Santo António e 52,4% em S. Vicente”
b)-“As Áreas predominantemente habitacionais correspondem às zonas consolidadas ou infra estruturadas das freguesias periféricas da cidade de Ponta Delgada e dos demais aglomerados urbanos do concelho”.
Dando de barato tudo o mais, fica a perplexidade com que verifico que o “plano” em causa, exactamente na localidade por ele apontada como sendo a com maior percentagem de área habitacional disponível, se prepara para invadir mais uma parcela de solo agrícola!
Atendendo a outros óbvios problemas que uma freguesia rural sob enorme pressão habitacional já evidência, farto-me de questionar:
-Será que foram tidos em conta todos os inconvenientes que a nova situação (o predominantemente habitacional) poderá vir a causar a “Gregos e Troianos”, nomeadamente a quem sempre usou – por vezes abusando – uma via de inequívoca função; o acesso, e apoio, a um significativo conjunto de explorações agrícolas?
Logo se verá, respondem-me!
Mas para que servem os planos, insisto?
Do próprio. In Açoriano Oriental/Cónicas do Aquém