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Incêndio florestal, e outras fotos do meu album.
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Paulo Morais na primeira pessoa;
Recortes da "Visão" de 25 Agosto 2005
Remediar, porque não se preveniu adequadamente, é cada vez mais uma regra. É como se o “apagar fogos” – aqui, para além dos florestais, podem também ser os ateados na gestão do clube do coração ou na execução e/ou alteração dos planos directores do município onde se vive –, um trabalho pontual, quase uma aventura, tenha entretanto ganho estatuto de rentável actividade económica; apetecível “nicho de mercado” que muito embora a delapidação do bem comum e o prejuízo colectivo a que sempre está associado, para alguns, é tido como autêntica oportunidade de negócio, quando não mesmo, uma oportuna ocasião para exibição.
Seria mais racional, mais simples, e incomparavelmente mais barato, investir na prevenção; “prevenir para não remediar”.
Seria mais racional, mais simples, e incomparavelmente mais barato, investir na prevenção; “prevenir para não remediar”.
Mas não; é o “apagar fogos” aquilo “que está a dar”, bastando apenas o cair das primeiras chuvas para que um lamentável e recente passado ser tido como pouco mais do que um pesadelo. E... tudo recomeça na época seguinte como se nada tivesse acontecido!
Faz lembrar “o futebol”, e aqueles dirigentes que entram em “black out” – ou fogem de cena – quando o cenário não está de feição, para logo reaparecerem, com aparato, ao primeiro resultado “menos mau”, ou até – dependendo do desespero – perante uma simples expectativa mais optimista!
O dramático é que resulta. Ou melhor; vai resultando, sobretudo enquanto se mantiver a regra do anestesiar a memória e “saltar em frente”.
Fica no entanto – não o conseguem “apagar” – o medonho rasto da desgraça, para mais, envolto num tão denso quanto sufocante cheiro a “terra queimada”.
Pois é. Este não desaparece. Bem pelo contrário; permanecerá!
Do próprio. In Açoriano Oriental/Crónicas do Aquém