terça-feira, julho 25, 2006

Solidariedade



Hoje, em Santiago de Compostela, sob o lema; “Estatuto não; Autodeterminação!”, assistir-se-á a mais uma celebração o "Dia da Pátria Galega". É uma iniciativa das Bases Democráticas Galegas, movimento social supra partidário, que integrando um amplo e plural leque de forças políticas e de intervenção social, procura elevar a fasquia colocada pelo PSOE/BNG na revisão do Estatuto Autonómico local.
Depois de outras nações do estado espanhol; Euskadi e Catalunha, terem garantido importantes avanços no seu processo de emancipação, as BDG entendem que a simples reforma do Estatuto é, novamente, a maneira que o aparelho do Estado Espanhol e os seus representantes na Galiza têm de se furtar ao legítimo direito do Povo em decidir o seu destino, exercendo o direito de autodeterminação e reivindicação da sua soberania. Exigem também uma democracia mais profunda: um âmbito de decisão que parta do exercício da autodeterminação, que considere a Galiza em toda a sua entidade territorial, para além das fronteiras restritas da actual Comunidade Autónoma da Galiza; um quadro galego de relações laborais que possibilite o avanço das reivindicações sem interferências alheias; um contexto de liberdades políticas plenas que cesse com o assedio contra a militância independentista.
Alegram-me os avanços. Porém, não posso deixar de estar solidário com alguns dos “pretensos ultrapassados”, sobretudo com Camilo Nogueira, autor desta, ainda recente, mensagem:
Quero manifestar-vos o meu apoio a todas as aspirações de liberdade e autogoverno dos Açores e dos açorianos (...). Eu como galego que partilho a vossa cultura e a vossa língua e que luto pelo autogoverno de Galiza como nação, sinto-me especialmente solidário convosco e com o vosso extraordinário pais atlântico, um pais irmão. (...).”
Do próprio, in A. O. 25/07/06; “Cá à minha moda”