terça-feira, outubro 24, 2006

NÃO ACREDITO (O apito da vergonha II)




Agora que o meu compasso neste espaço é mais pausado, depois do parceiro de coluna se ter comprometido em para aqui não trazer o “Santa Clara”, e, já que de uma forma ou de outra sei que sou um bom “bode expiatório”, deixem-me abrir uma excepção – prometo que não se repete –, regressando, sem folga, ao assunto anterior.

Dizem-me com insistência, alguns até aceitam apostar (eu por mim só aposto quando tenho a certeza), mas por mais convincentes que procurem ser; não acredito. Não. Não me convencem que o Presidente da Mesa da Assembleia-Geral do Santa Clara convocou “de rajada” as AG’s de 28 e 30, só porque, há quinze dias, aqui, escrevi isto:

“Acham normal que um clube, após ter desbaratado todo o seu património e subsistir apenas por “misericórdia” do erário público, continue ignorando regras básicas – estatutariamente obrigatórias – e se mantenha, displicentemente, sem apresentar contas (orçamento incluído) aos seus sócios?
Eu não. Mas, pelos vistos, não só é possível como, parece, desejável.”

E sabem porque não acredito? É simples! Se o Dr. Noé Rodrigues “me desse ouvidos” não só já tinha feito uma destas convocatórias à muito mais tempo, como, ainda – o que seria bem mais importante; para ele, para mim, para o Santa Clara e para muitos outros –, teria também convocado uma outra Assembleia-Geral – tal como se comprometeu – , para que fosse discutida a possibilidade de executar uma auditoria esclarecedora ao CDSC (como foi possível “torrar” tanto dinheiro? E, por favor, não venham atirar “areia para os olhos” com a questão dos encargos resultantes dos “contratos paralelos”!). Por exemplo: saberão os sócios do Santa Clara que, contas redondas, nos últimos anos, só com os “gestores especializados” (em cavar fundo uma sepultura) o clube “enterrou” mais de 50.000c. (escudos/moeda velha)?
Procurar com seriedade algum consenso, mais do que tentar juntar tudo e todos num mesmo saco, será pugnar pelo rigor, por transparência e pela verdade!

Do próprio, in A. O. 24/10/06; “Cá à minha moda” (Após acrescer mais alguns caracteres aos 1800 da coluna)