terça-feira, outubro 17, 2006

O apito da vergonha

Mais de uma semana depois, com um novo cmputador (a trevoada queimou o anterior assim como a ligação telefónica e o moden), e depois de restabelecer, minimamente, a capacidade instalada.

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Roubada aqui:


O Dr. Loureiro, substituto (e subordinado) do Major Loureiro, falou recentemente na vergonha da justiça, para então, só depois de espicaçado, acabar também referindo-se à vergonha do futebol.
Vai haver mudança. Dizem. De facto, depois deste universo obscuro sempre envolto em densa penumbra a que chamam “mundo do futebol” ter descido tão fundo, a hipótese mais plausível seria iniciar o seu processo de regeneração. Mas, não obstante este ser o caminho natural, céptico como sou – e oxalá que desta vez me engane – não acredito. Para dizer a verdade estou convencido que ainda não será desta. Gostaria de estar enganado, mas creio que estamos, mais uma vez, em presença da “velha sentença”; há que mudar qualquer coisa para que tudo fique na mesma. É que, num meio em que de forma pouco séria é muito fácil manipular entusiastas maiorias, quando são cada vez maiores os interesses envolvidos e a cada passo se tropeça com vigaristas e embusteiros altamente qualificados, colocar gente séria no processo pode ser importante, mas não é o suficiente. Será sempre, e só, uma questão de tempo; mais cedo ou mais tarde “os bons” ficam de mãos atadas (alguns “batem com a porta”). Há também que mudar os métodos; exigir rigor e transparência, particularidades de que não gostam os que agem em função dos resultados, mesmo quando apenas satisfatórios e obtidos de forma irregular e desonesta.
Acham normal que um clube, após ter desbaratado todo o seu património e subsistir apenas por “misericórdia” do erário público, continue ignorando regras básicas – estatutariamente obrigatórias – e permaneça displicentemente sem apresentar contas (orçamento incluído) aos seus sócios?
Eu não acho. Mas, pelos vistos, não só é possível como, parece, desejável.

Não será por aí que a regeneração deve começar?
Do próprio, in A. O. 10/10/06; “Cá à minha moda”