terça-feira, maio 20, 2008

Prolongamentos



Estava o dito "Apito Final" ainda longe de se fazer ouvir, e já o sistema – que desde há muito Dias da Cunha denunciara apontando frontalmente os seus rostos mais relevantes –, com as armas e bagagens que se lhe conhecem e reconhecem, preparava a extensão que entretanto decorre e cujo desfecho ainda está muito longe de ser conhecido. Isso, como se já não soubesse a pouco a aplicação de penas como que “feitas por medida”; perca de pontos quando estes nenhuma falta fazem, despromoção quando esta, por outros motivos, talvez também fosse inevitável, e suspensão de actividade a quem já não a exerce ou desde há muito já não a devia exercer. Será fora do “sistema”, e com risco de fazer estragos que inicialmente parece não terem sido devidamente avaliados, que a justiça de instâncias “menos caseiras” pode ainda vir a causar danos colaterais apreciáveis!

Embora com outros protagonistas, outros métodos, e noutras paragens – aqui na nossa “santinha terra” – também nos deparamos com processos que se não são “sistemas”, grandes sistemas parecem! Passo a explicar:
Por mais esforço que faça não entendo como os mesmos que antes facilitaram incompreensivelmente o processo de delapidação do CDSC, só agora se apresentem adoptando métodos que, aplicados no passado com metade do rigor agora patenteado, tinham evitado grandes males. Sei como hoje escasseiam as garantias materiais, bens que não obstante os vários avisos na altura efectuados, outros, outrora, desbarataram sem dó nem piedade. Mas também sei que em contrapartida, actualmente, existem outras boas garantias – honestidade e um enorme esforço de gerir bem e abnegadamente o pouco que sobrou –, cauções estas cuja análise foi no passado claramente negligenciada, comprovando-se ser esta grave falha uma das razões do triste e agoniante, actual, “estado das coisas”.

Fazem mesmo falta apitos enérgicos, esclarecedores, definitivos, e em sentido positivo!

A. O. 20/05/08; “Cá à minha moda” (Revisto e acrescentado)