quarta-feira, agosto 17, 2011

Conveniências, conluios: há quem lhes chame coincidências


Outras Troikas, que com trocas e baldrocas criaram a aprofundaram o buraco BPN



A "instalação Bidão", a ganhar "patine" para se candidatar ao "CMC Niemeyer"


Fotos "roubadas" na net, a do "Bidão" no FB do João Raposo

Existem assuntos sobre os quais, por mais que prometa a mim mesmo não voltar a eles, atazanam-me de tal forma que quando dou por mim já falhei ao prometido.
Seguem-se dois bons exemplos:
1 – O BPN, que apesar de parecer já antigo, porque se reinventa, torna-se inesgotável – com cada fase mais bizarra do que a anterior – mantendo-se sempre actual!
Onde é que vão as centenas de M€ que Miguel Cadilhe pediu (em forma de aval) para dar solução ao assunto? Quantos mil M€, no entretanto, já ali foram “enterrados”? De Miguel Cadilhe – tire-se-lhe o chapéu, pois não fora ele a “agitar o lodo daquele pântano”, talvez hoje nem os “casos de polícia” (que se irão eternizar qual Casa Pia e outros que tais) existissem – já nem se fala. Não descansaram enquanto o não neutralizaram. Como já não se fala de Victor Constâncio, o ineficaz “fiscalizador”, promovido que foi, e agora no BCE, à distância, melhor do que nunca para continuar a “ver a banda passar”. Teixeira dos Santos vai pelo mesmo caminho. Só do BPN, mesmo depois de mudar de nome, dificilmente se poderá deixar de falar. Nacionalizaram o que era “doloroso” deixando “escapar” o que podia valer alguma coisa (a SLN), como quem diz, à descarada: o Passivo pagam todos, os Activos é para “eles se abotoarem”. O problema aqui – que não é de somenos importância – é quem são “eles”: um qualquer “desgraçado” falha um pagamento e logo lhe penhoram a conta bancária, a casa, e o mais que houver. Mas Dias Loureiro, por exemplo, já não tem bens (em seu nome) que possam servir de garantia para o normal desenrolar da investigação em curso. Agora, para “rematar o ramalhete”, a reprivatização segue os mesmos moldes. O que não presta foi de novo repartido por TODOS, para ALGUÉM – e nunca alguém é só alguém – comprar “chicha” pelo preço “da uva mijona”! “Tolos a dar, espertos a aceitar”, não custa entender. A questão é que, ou há quem saiba explicar tudo isso muito bem, ou não convencem – ninguém – que isto “não está tudo ligado”!
2 – Quem diria que a requalificação da 2ª Rua de Santa Clara, uma promessa eleitoral de Setembro de 2005 – “Estou certa que com a requalificação que defendemos e que iremos desenvolver desde a rotunda de Santa Clara até ao inicio desta via, quer a freguesia de Santa Clara quer a própria Relva não mais serão as mesmas.”-, ainda para mais quando associada a uma provocação logo depois muito difícil de digerir – “Esperamos agora que o Governo possa também cumprir a promessa de requalificação da Avenida Príncipe do Mónaco (…).”–, e ao longo dos tempos sempre reforçada com um – “cumprimos o que prometemos” –, o que como se vê, infelizmente, não se aplica a todos, passado todos estes anos estivesse ainda por cumprir?
Um conjunto de “azares” e burocracias, dizem, está na origem deste crónico incumprimento. “Azares” sucessivos, digo eu, que por mero acaso (ou não), ao que parece, só acontecem em Santa Clara. Coincidências! Noutros locais, e para outros destinatários, não faltam empenhos, esforços que chegam ao ponto de “contornar” o PDM, ou a desmanchar e refazer o que foi recentemente feito! Só para a 2ª Rua de Santa Clara não há “mãos à obra” neste "Concelho Feliz" que lhe valham. Coincidências! E as coincidências ficam por aqui, agora, porque não é tempo de referir outras “coincidências”.
Consequência de sucessivos “azares” e burocracias não será com certeza, também, a prolongada “distracção” que votou ao abandono os “bidões” colocados para sinalizar a derrocada da “Rocha da Nordela”. Velhos, enferrujados, podres, carregados de lixo, passados cinco anos eles lá continuam. Para a segurança do local contribuem pouco – está provado –, o que não deixam de ser, feliz ou infelizmente, é um forte de sinal de desmazelo (só muito recentemente minimizado com uma "limpeza" de ocasião) e do óbvio incumprimento de promessas recorrentemente anunciadas, para logo serem adiadas. Seis anos. É muito tempo! Como seria se todos fossem assim?

A.O. 16/08/2011; “Cá à minha moda" (revisto e acrescentado)