sábado, setembro 29, 2012

“Ganda noia”!



Talvez porque não interesse dar grande visibilidade aos “pesos pesados” de cá – vá lá saber-se porquê?? –, e porque tampouco interessará – presumo ?? – cá trazer as “primas donas” portuguesas que, fosse outro o resultado da sua governação, aqui estariam dia sim, dia sim, coube a Marcelo Rebelo de Sousa (este mais discretamente porque parece “já não ter aço” para riscos desnecessários) e a Marques Mendes (mais voluntarioso, com menos a perder, mas pelos vistos muito mal informado) o suporte dado pelo PSD de Portugal ao PSD de Berta Cabral (dito Açores, agora só com oito ilhas. Foi-se o Corvo!).

É fácil agitar “bandeiras dos Açores”. É ainda mais fácil usar palavras que “caiem bem no ouvido”, tipo “primeiro os Açores e os açorianos”, difícil é ser-se coerente com estas “facilidades”. Trocar, a pedido, Duarte Freitas por Patrão Neves foi uma clara demonstração desta incoerência e de como cede rápido, deixando-se subjugar facilmente, a autoproclamada “negociadora difícil”. O mesmo aconteceu com a ambígua posição tomada a propósito da relvista pretensão de extinguir freguesias, com o “a cortar serão só as freguesias urbanas”, como se as realidades Lisboa e Ponta Delgada (ou Porto/Angra, Coimbra/Horta, etc. e tal) fossem para este e outros efeitos minimamente comparáveis!

Agora – a inoportunidade a isso obriga –, é mais que notória a preocupação em “descolar” (por vezes de forma tão primária que roça o ridículo) de Passos Coelho e da sua desastrosa desgovernação. Mas antes, e até recentemente, quando a maré era favorável e a onda surfável, os putativos méritos “relvas/passistas” foram explorados até à exaustão e os próprios, Relvas e Passos, ufanos e de “peito feito”, apresentados como autênticos ases de trunfo.

“Primeiro os Açores” é bem mais do que isso. Será, para já, acreditar na renovação e dar oportunidade a uma nova geração: uma geração que não esteja já esgotada; que apresente grande potencial para continuar a evoluir; que rompa com conservadorismos em desuso (independentemente do que rendem eleitoralmente); que aposte na modernidade e no futuro; que busque cada vez mais autonomia, mais autodeterminação.

Os Açores agradecem!

A.O. 29/09/2012; “Cá à minha moda" (revisto e acrescentado)