A recente
exigência de “visto prévio”, castigo com que Victor Gaspar entendeu penitenciar
uns quantos logo após, pela segunda vez consecutiva, lhe terem feito ver que o
“quero, posso e mando” ainda não está acima de todas as regras, deve fazer
“soar campainhas” pois remete para 1933, mesmo passando por cima do 28 de Maio
de 1926!
A rapidez de reacção (que diferença quando comparada com o eternamente adiado cortar de
regalias e mordomias à séria: PPP’s, rendas excessivas, assessores de luxo, etc.
e tal) tal como a burocracia que o “gasparista visto prévio” acarreta, só justificadas
por uma grande e leviana emotividade, de imediato, fizeram-me recordar uma
anedota do tempo da “velha senhora”, na qual um Salazar, “piedoso”, por escrito
e caso a caso, se propôs passar um “livre conduto” a uns quantos “pobrezinhos”
que cirandavam os jardins na
proximidade da de São Bento colhendo e comendo trevo, “livre conduto” este com
o qual os “coitados” podiam evitar a dura punição estabelecida, apesar de tudo,
mais leve do que a decretada para quem fosse apanhado a mendigar.
Anedota à parte,
só me ocorre uma justificação para este estardalhaço sem efeito prático
aparente: o Dr. Gaspar foi a Belém com o intuito de se “por na alheta”, por um
qualquer motivo (logo se saberá) obrigaram-no a “aguentar”, e, o “mestre nas
folhas de Excel”, numa tripla vingança (TC, PM e PR), chamou a si todo o poder.
Lembrem-mo-nos que também Salazar deixou a pasta das finanças para depois
regressar todo-poderoso como “Presidente do Conselho”!
Mas há um outro
“terlintar de campainhas” que não deve – nem pode – ser ignorado. Quando, em
comparação com os desmandos e delírios Gaspar/passistas (será que Relvas “já
não pica relva” nenhuma?) as vozes e opiniões de Manuela Ferreira Leite e Bagão
Félix soam a “música angelical” é caso para dizer que só mesmo o próprio e a
sua corte mais chegada não enxergam que “o rei vai nu”!
…
E nós açorianos,
temos de “por as barbas de molho”. É que vendidos como eles estão aos ditames
da alta finança mundial; obcecados como se apresentam em passar por “bons
alunos”; determinados como parecem em pagar tudo até ao último cêntimo (mesmo
ignorando que do outro lado estão agiotas e que os juros só por si fermentam
mais a dívida do que os próprios deficits), depois de valorizar as garantias
que os Açores representam diminuindo em simultâneo as receitas que por
direito nos pertencem, ainda nos vendem, ilha a ilha!
A.O. 13/04/2013; “Cá à minha moda" (revisto e acrescentado)