terça-feira, março 29, 2005

A quem de direito

Mostra eficácia o sistema que permite a PSP zelar pelos interesses de quem transformou a via pública numa oportunidade de negócio. Negociata que parece boa para as duas partes; a que o explora, e, logicamente, a que o concessiona. A ambos porém – embora com responsabilidades não comparáveis –, parece não interessar indagar se nas artérias entregues para exploração, os peões, têm condições para circular em segurança!
Para não me repetir vou ignorar os que, lá estabelecidos, travam diariamente uma descomunal luta; cargas, descargas, obras, mas sobretudo, as reclamações de clientes que – literalmente –, só ziguezagueando, ou arrastando-se pelas paredes, conseguem sê-lo.
Hoje, vou dar voz aos moradores; poucos mas resistentes. Aqueles que, em teoria, TODOS incentivam a evitar o desertificar da cidade, mas que, aos quais, NINGUÉM dá ouvidos quando se trata de criar o mínimo de condições para isso!
Desde há muito – embora ultimamente com maior frequência e gravidade –, nas mesmas ruas onde durante o dia não faltam vigilantes e logo de seguida (via telemóvel) polícias, à noite, as viaturas, as moradias, os estabelecimentos e muito mais, têm sido alvo de um vandalismo bárbaro. Inqualificável!
Por aquilo que me disseram – não havendo outra forma –, também os lá residentes estão dispostos a pagar “gratificados”. Só necessitam saber como, e já agora, a quem devem dirigir-se.
Do próprio. In Açoriano Oriental/Cónicas do Aquém