quinta-feira, março 23, 2006

Uma viagem expresso II

à Santa Clara profunda, maior, muito maior, do que aquela que ficou no lugar da ponta delgada

(como habitualmente,
basta "clikar" para a foto aumentar)

2º Etapa.

Início;Sexta-feira 10 Março 2006, 22.00h, Boston downtown

A pedido de “várias famílias” aqui fica registado que as cervejinhas que tomamos enquanto esperávamos o autocarro eram mesmo chinesas, os petiscos chineses eram (entre os quais umas coxinhas de rã panadas. Abençoados molhos picantes; um deles parecia mesmo "a nossa" calda de pimenta), e o serviço da casa era, irritantemente, também, muito "chinoca".

Dito isso.

Ainda não nos tínhamos acabado de despedir do Nelson e da sua namorada, e já a “comissão de recepção”; o Manuel António (uma velha glória do Santa Clara), o José António Sousa (um dos activos e diligentes dirigentes dos “amigos de Santa Clara nos EUA), o António Cabral, seu cunhado, o Álvaro Raposo (Alvarins), para além de outros, fora do autocarro, se tinha prontificando a ajudar-nos no colocar os volumes (levamos, entre outras coisas, uma colecção de fotos de grande dimensão da Santa Clara, e de outras coisas com ela relacionadas, que já não existe) na bagageira.

Lá dentro, mais de meia centena de outros santaclarenses, muitos dos quais já não víamos há largos anos, ali estavam, de braços abertos e sorriso rasgado, a desejar-nos as boas vindas. Os momentos seguintes foram indescritíveis. Ao ponto de, só muito mais tarde, dar-mos pela presença do Ricardo Leite, que, tendo partido dois dias antes de nós, tinha também iniciado a viagem com o grupo dos EUA, em New Bedford.

“Passando pelas brasas” aqui e ali – nem a conversa, nem as risadas (o Alvarins deu um show de anedotas), nem o reduzido espaço entre os assentos, tampouco a simpatia da Fátinha (mulher do António e irmã do José António), que pouco a pouco, ora com doces, ora com salgados, quando não mesmo com “calzinhos ” ou cervejas, nunca se cansou de oferecer aos passageiros alguma coisa) puderam impedir –, após duas ou três paragens para desentorpecer as pernas e tomar um café (numa delas comprei para o Luís Cabral “uma bomba” - 4 expressos num só copo - que o deixou cheio de “speed” o resto da viagem), lá chegamos a Mississagua.

O "Alvarins", com o seu ar de "grande sacana", disfarçando o piscar de olho ao fotógrafo.
O Ricardinho, sempre o mesmo (parece que continua com 16 anos), "uma permanente festa"!
Imagens obtidas na primeira paragem efectuada depois do sol nascer. A fronteira dos EUA - Niagara Falls - já estava muito próxima.
Eram mais ou menos 10:00h do Sábado dia 11 de Março, e, mesmo descontando o tempo que dormimos no autocarro, já tinham passado mais de trinta horas desde o momento "do sair da cama” no enorme dia anterior.

Já à porta do salão onde a festa iria decorrer, do lado de fora do autocarro, à nossa espera, já lavada em lágrimas, – fomos preparados para não “morrer afogados –, entre mais de duas dezenas de outros santaclarenses, lá estava a Lúcia.
Assim de repente, não sei bem porquê, mas para além da Lúcia, do Marido e do José Manuel, só me recordo do Emanuel “Bacalhau” (no decorrer da festa estivemos com o irmão mais velho, o Hélder, já por aqui referido num comentário pelo “açoriano de gema”; ambos irmãos do José Luís que esteve connosco a cantar às estrelas), porém, fazendo um esforço, já sou capaz de referir pelo menos mais dois; o Ernesto (Malaco) e a Filomena.

No interior do salão esperava-nos um lauto pequeno-almoço - ohh como caiu bem aquele café com uma sandes mista, e antes, ainda, uma laranja comida "ao gomo" - , para pouco depois, finalmente, e após um delicioso e merecido duche, voltarmos ao "vale de lençois" , descansando o corpo numa cama, embora por pouco tempo. Diga-se de passagem!