

O Nº 64 da Rua do Pedro Homem (em frente ao Rotas), e a placa - quase clandestina - onde se pode ler; "Casa onde em 1832 funcionou o Governo Liberal"
É mais que muita a probabilidade de por esta porta ter entrado e saído Mouzinho da Silveira e Almeida Garrett.

Entrada triunfal de D. Pedro IV em Lisboa
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No naco de prosa em questão (Escavações, 13; Persuasão nº1.763, 1895), Supico nada nos diz sobre a forma “absolutista” – bárbara até; dizem!? –, como foram mobilizados muitos dos açorianos – a arraia-miúda – que acompanharam os batalhões de legionários (Ingleses e Franceses) e de idealistas românticos (Voluntários e Académicos), engrossando os regimentos de artilharia e infantaria que chegaram ao Porto. Em contrapartida, o diligente escavador dá-nos interessantes pormenores de como foram passados os últimos dias daquele corpo expedicionário em Ponta Delgada, indo ao pormenor de nos revelar a origem, o percurso e o destino dado – “ (...) em Lisboa, num dos Museus, para onde foi oferecido como relíquia da Campanha Liberal”. – ao estrado que serviu para a celebração da solene missa campal do Relvão.
Se assim foi com a causa liberal, a mesma abnegação pela liberdade levou as gerações seguintes de açorianos, com destaque para Antero de Quental, Teófilo Braga, Manuel de Arriaga, a abraçarem outra causa moderna e socialmente mais justa; a Republica.
Por ironia do destino, como se de represália se trate, trinta anos após ter sido derrubada a mais longa e fascizante ditadura da Europa, a actual e “muito avançada Carta Constitucional”, continua a impedir – e a apelidar de fascistas quem se atrever fazê-lo de forma politicamente organizada – que os açorianos reflictam, e decidam, sobre o seu futuro como Povo soberano.