terça-feira, julho 03, 2007

Indice “Uncle Joe”

Haverá leituras para todos os gostos. Porém, facto é que – e difícil também será deixar de pensar nas possíveis razões que a isso levam – o determinado Joe Berardo, aquele mesmo que ultimamente confrontou com êxito a nata dos poderosos, só vacilou perante um “modesto” jogador de futebol. Sim. Depois de com altivez levar a melhor sobre a família Azevedo no caso da PT; de, sobranceiro na abordagem e muito efusivo na comemoração, travar o magnânimo Jardim Gonçalves por ocasião da tentativa de blindagem dos estatutos do BCP; de, não satisfeito, com imponência, se atirar à Opa do Benfica; e de, depois disso tudo, impiedoso – principalmente para com Mega Ferreira (sem no entanto, com o acto, deixar de salpicar toda a hierarquia) – também “opar” o CCB, Joe Berardo só recuou perante Rui Costa. Que, quisesse “o maestro”, até teria o Comendador a seus pés para ser perdoado. Poderoso. Mágico. É o mundo do futebol!
Independentemente das “cambalhotas”, de estarmos ou não de acordo com os meios, certo é que, quanto aos fins, a estratégia do multimilionário parece infalível, ou resultar amiúde. Senão, vejamos; as acções do Benfica dispararam, e – o que também não deixa de ser notável –, mesmo sem terem sido içadas as bandeiras da discórdia, a afluência de público ao CCB atingiu números nunca antes vistos. Pelo menos assim foi durante os primeiros dias.
Rindo – para melhor explicitar a ironia –, diria que há um novo paradigma a despontar; tal como em Nova York o “Nasdaq” complementa o “Dow Jones”, em Lisboa, mais dia, menos dia, também o “Uncle Joe” complementará o PSI-20. Com as acções do S.L. Berardo (SLB…, SLB…, SLB…; nem os Non Name Boys necessitam modificar os cânticos) já bulindo, só falta colocar no mercado o C.C. Berardo. Dez anos são tempo de sobra. Olé…olé!
Do próprio, in A. O. 03/07/07; “Cá à minha moda”