De uma forma mais próxima da verdade futebolística – “o que hoje é verdade amanhã pode ser mentira” – do que do que da socrática, o Plano de Estabilidade e Crescimento a cada dia que passa tem vindo a revelar as desagradáveis surpresas que contém. Um PEC que parece mais talhado para desequilibrar do que estabilizar, e que, como tudo o indica, irá fazer mingar ainda mais, ao contrário da pretensa medrança que anuncia. Com ele, uns, a grande maioria, ainda vergados pelo esforço exigido para equilibrar um deficit para o qual pouco ou nada contribuíram, são de novo obrigados a mais sacrifícios, outra vez com o pressuposto de esmagar a maldita cifra, valor que ainda muito antes de se notar ter baixado para o patamar apontado como pretexto da primeira vaga de agruras, já havia disparado – não obstante o empenho em o esconder – para um nível superior ao triplo do objectivo intentado. Cortar nos ordenados e salários (os mais baixos da EU), aumentar impostos (sim, porque anular ou limitar deduções à colecta, para mais quando nem as despesas com saúde e educação escapam à rapina, é um claro aumento da carga fiscal) e destruir, com o que isso representa em termos do aumento do desemprego, aquilo que resta do débil sector produtivo (agricultura é o que se vê, indústria o que se está vendo, e mesmo no sector terciário, só um único segmento económico tem vitalidade: a política, já uma autêntica actividade económica!), são alguns dos efeitos práticos mais evidentes, e previsíveis, deste PEC.
É óbvio que o mal não irá tocar a todos. Para outros, quase sempre os mesmos – um pequeno grupo de privilegiados –, o mal fadado PEC passa rapidamente de “Provação Em Contínuo” para garantia de “Privilégios Especiais de Corridas”: é assim no continuar a permitir a passagem, quase directa, dos bancos da escola para as bancadas parlamentares e/ou para as poltronas dos Conselhos de Administração no dito “Grupo Empresarial do Estado”(cada vez mais gordo com as mais que muitas Empesas Municipais, também elas farta manjedoura); assim é também no manter e reforçar da “panelinha” com as agora tão badaladas “Parcerias Público Privadas”, nas quais se acomodam os que, na volta – “uma mão lava a outra” –, vão ajudar a financiar, e ficar à disposição de quem lá os colocou; assim não deixa de ser com as autênticas “vias verdes” atribuídas basicamente só e apenas por servilismo partidário, atalhos que permitem passagem, ágil e rápida, da condição de acanhados “yes men” para a útil e confortável condição de “boys” estrategicamente bem colocados. Para o que der e vier, digo eu!
Com ou sem PEC, ainda assim é grande a “travessa de papas” colocada à disposição da casta dos privilegiados, assim continuando, por mais que digam o contrário, pelo menos enquanto houver o que rapar no “fundo do tacho”. É que não há (pelo menos daqueles que o poderiam fazer) quem queira acabar com o esquema, pois este permite, umas vezes mais outras menos – mas ininterruptamente e sempre aos mesmos –, ir aproveitando, nem que para isso seja necessário evocar, mesmo que em vão, o “interesse nacional”.
É, como diz o povo, “a abelha procurando a parelha”, para assim, com estes ou outros protagonistas, um nunca mais acabar de rimas e parelhas se poderem fazer. Tais como: Varas e Loureiros rimando com banqueiros; Lino – ao que parece já na fila – e outros comensais aderentes a rimar com pontes, estradas, alcatrão, betão e cimentos; e todos eles entre si, mais os amigos, comparsas e familiares entoando com dinheiro. Muito dinheiro. Tanto que, melhor aplicado, com certeza, podia resultar num PEC diferente, mais maneiro.
É óbvio que o mal não irá tocar a todos. Para outros, quase sempre os mesmos – um pequeno grupo de privilegiados –, o mal fadado PEC passa rapidamente de “Provação Em Contínuo” para garantia de “Privilégios Especiais de Corridas”: é assim no continuar a permitir a passagem, quase directa, dos bancos da escola para as bancadas parlamentares e/ou para as poltronas dos Conselhos de Administração no dito “Grupo Empresarial do Estado”(cada vez mais gordo com as mais que muitas Empesas Municipais, também elas farta manjedoura); assim é também no manter e reforçar da “panelinha” com as agora tão badaladas “Parcerias Público Privadas”, nas quais se acomodam os que, na volta – “uma mão lava a outra” –, vão ajudar a financiar, e ficar à disposição de quem lá os colocou; assim não deixa de ser com as autênticas “vias verdes” atribuídas basicamente só e apenas por servilismo partidário, atalhos que permitem passagem, ágil e rápida, da condição de acanhados “yes men” para a útil e confortável condição de “boys” estrategicamente bem colocados. Para o que der e vier, digo eu!
Com ou sem PEC, ainda assim é grande a “travessa de papas” colocada à disposição da casta dos privilegiados, assim continuando, por mais que digam o contrário, pelo menos enquanto houver o que rapar no “fundo do tacho”. É que não há (pelo menos daqueles que o poderiam fazer) quem queira acabar com o esquema, pois este permite, umas vezes mais outras menos – mas ininterruptamente e sempre aos mesmos –, ir aproveitando, nem que para isso seja necessário evocar, mesmo que em vão, o “interesse nacional”.
É, como diz o povo, “a abelha procurando a parelha”, para assim, com estes ou outros protagonistas, um nunca mais acabar de rimas e parelhas se poderem fazer. Tais como: Varas e Loureiros rimando com banqueiros; Lino – ao que parece já na fila – e outros comensais aderentes a rimar com pontes, estradas, alcatrão, betão e cimentos; e todos eles entre si, mais os amigos, comparsas e familiares entoando com dinheiro. Muito dinheiro. Tanto que, melhor aplicado, com certeza, podia resultar num PEC diferente, mais maneiro.
A.O. 30/03/10; “Cá à minha moda"