“Coisas de
rapazes” é o mínimo que se pode chamar aos recentes desmandos de Pedro e Paulo,
que, de positivo (para os deles), só teve o facto de “passar uma esponja” sobre
aquela que foi a mais eficaz “manobra oposicionista” dos últimos dois anos: a
carta de despedida do número dois do governo, o “infalível” Gaspar!
A hipocrisia em
política pode ser o “pão-nosso de cada dia”, mas há limites que ao serem ultrapassados
descredibilizam (mais ainda) todos os seus protagonistas, em especial, os
líderes!
- Que sentido
faz estes “rapazins” andarem dois anos a compor e implementar todo o mal que
têm feito, só para parecerem “bons alunos” e/ou “meninos bem comportados”
perante “os patrões internacionais", para depois, numa semana de já longa traquinice, “partirem
a louça toda” que nem gregos acossados por troianos?
- Que sentido
faz estes “rapazins” andarem todos os dias a pregar as virtudes da credibilidade e da estabilidade política perante os credores externos - e não só -, para, bastando um impulso dos seus enormes egos, serem eles próprios o
principal motivo de vergonha e descredibilização geral?
Paulo Portas
terá culpas, mas neste caso em concreto (a desastrada governança de Portugal: e
já lá vão dois anos!), tal como Victor Gaspar deixou escrito, a incompetência
de Passos Coelho, o seu sectarismo, a sua obsessão e obstinação – como que
doentias (diria que para disfarçar as incapacidades de liderança que patenteia)
– mais que uma imagem de marca: são mesmo uma indelével evidência! Passos
Coelho é a estampa do pior que o PSD tem para dar. E se é certo que nem todos no
seu partido são assim, certo também é que, infelizmente, ele não é caso único. Nem
é necessário ir muito longe! Por cá não faltam “Passos Coelhos”: também
“rapazins”; também sectários; também obstinados, e, sem dúvida, também tão ou
mais desastrados do que “o seu mandante”. Não faltam "Passos Coelhos" nem faltam exemplos da sua forma de
actuação. Alguns retomados recentemente, com a obsessão da Concelhia de Ponta
Delgada em “conquistar” Santa Clara mostrando-se o mais visível de todos!
Para o PSD, para algum
PSD, há interesses que justificam – e bem - colocar de parte os proveitos
partidários em prol de interesses superiores. Para outros vale tudo: (re)prometer
o que se sabe não ir cumprir; desafiar e tentar menorizar os que demonstram
conseguir vencê-los; aliciar e “comprar” uns e outros para dividir os
vitoriosos, fazer campanha com meios que só fazem sentido serem usados em benefício de todos e não só de alguns, e até, já para além do limite da civilidade razoável, não cumprir o acordado, mesmo
quando se trata de uma simples carta resposta. E pior que tudo: alargar o número, sem as respeitar, das vítimas que “o sacrifício” deixa pelo caminho!
A.O. 06/07/2013; “Cá à minha moda" (revisto e algo acrescentado)