sábado, outubro 12, 2013

O rescaldo da “briga”


Em “Tirar o pauzinho do ombro” – AO 28 de Setembro – procurei assinalar as excepções ao ditado “Brigam dois se um quer”, enfatizando a importância que os “terceiros” tinham, na defesa de interesses que em regra nada têm a ver com os de “Loeste”, no estimular da contenda. Referi também que neste como em muitos outros casos só excepcionalmente os vencedores da “briga” não eram aqueles que sensatamente mais a tinham procurado evitar; que os “terceiros”, com a crónica dificuldade patenteada (desde 2005) em discernir entre fraqueza ou debilidade momentânea vs ponderação / humildade de vencedor (que só alguns têm) / afincada defesa do interesse da localidade, de tudo serem capazes para estimular o conflito; que as “vitimas” (fora aquelas, raras, que de uma forma ou de outra por tal foram – ou irão ser – recompensadas) ainda antes de verem “saradas as feridas” já tinham percebido que os “terceiros” eram quem mais espicaçava a demanda, embora também rapidamente isso esquecessem, para logo, ignorando a lição, caírem em novas e repetidas “esparrelas”!
Há sinais que parecem óbvios e não deviam (é até pouco inteligente fazê-lo) serem ignorados. Não cedendo a paternalismos fáceis nem às oportunistas alterações de perfil (inicialmente a experiência; depois mais juventude; agora ainda mais juvenilidade, desta feita associada a melhor imagem e suposta maior popularidade) dos sucessivos candidatos apresentados para combater um projecto já consolidado (o preferido desde a primeira hora) os santaclarenses têm demonstrado serem eleitores esclarecidos e com consciência cívica formada. Muitos outros seriam os exemplos possíveis, mas o invulgar número de votos em branco também o atesta, dando por isso ainda mais significado ao acentuado reforço na votação obtido por “Santa Clara – Vida Nova”: em 2005, pouco mais de uma dezena de votos de diferença; 2009, +/ – 150 votos de diferença; 2013, +/ – 200 votos de diferença. Sempre a crescer, enquanto os adversários nunca mais atingiram o patamar de 2005!
Será que os “terceiros” entendem estes sinais? Pelo menos até aqui não os entenderam, bem pelo contrário: prometer só para constar e retaliar só para tentar vergar tem dado no que deu. Irá mudar? Veremos!
Uma coisa é certa: não será por aí que nos conseguem desmobilizar (ou será que ainda não está demonstrado?). Continuemos!

A.O. 12/10/2013; “Cá à minha moda" (revisto e acrescentado)