Porque muitos agradeceram e pediram
mais (alguns muito mais, mas não posso ir tão longe, tal como o já tinha dito ao anterior
presidente, Liberal Carreiro), aqui fica, ainda sobre este grande e inolvidável
momento da vida do Marítimo Sport Clube, o que por limitação de espaço não pude
“ofertar” no AO de 26 de Abril passado.
Na época de 1941/42, quando o MSC se sagrou pela primeira vez Campeão – e
logo duplamente: o 1º da AFPD (na época anterior era ainda AFSM) e o 3º Campeão
dos Açores –, eram estes os seus Orgãos Sociais: AG - António Medeiros Ramos (Presidente), Henrique Joaquim Cordeiro (1º Secretário) e Manuel Carvalho (2º Secretário); DIRECÇÃO - José Hipólito de Melo (Presidente), António Olímpio Soares de Sousa (Vice-presidente), Guilherme Emídio Cabral (1º Secretário), José
Carvalho Valério (2º Secretário), Humberto Joaquim Cordeiro (Tesoureiro) , Gustavo Palhinha Moura e Humberto de Melo Araújo (Vogais); CF - Abel Baptista Vasconcelos (Presidente), João Raposo Encarnação (Secretário) e Manuel Botelho Mendonça (Relator). Já "dentro das quatro linhas"dirigia-o D. Juan Martin, que escalava como “onze habitual”: Raul, José
Pacheco, João Corado - Capitão de equipa(a), Jacinto Garalha, Agostinho Pereira(a), Jacinto da
Costa, Osório de Sousa, Coelho(a), João Conceição(a), Guilherme Duarte(a) e
António Pedro(a) – os (a) sinalizam sete dos dez “soldados de Lisboa” que incluíam o plantel. Dos açorianos, quase todos marítimos de profissão, há a destacar um,
Osório de Sousa, que em outro tempo e noutras circunstâncias, nada ficaria a
dever – sobretudo quanto a capacidade física e atlética – a qualquer um dos
melhores da actualidade, mesmo tendo como padrão o CR/. Osório, autor dos dois golos
que permitiram a reviravolta no MSC vs CUS que deu ao “Marítimo da Calheta” o seu
1º título de Campeão Distrital, por viver na Povoação, bastas vezes fazia a pé
a viagem para Ponta Delgada afim de vir jogar futebol. Assim também aconteceu no primeiro jogo com o
Fayal Sport, quando “percorreu doze léguas a pé, chegou de manhã
e fez todo o jogo com entusiasmo”, regista-o a imprensa na época. Neste
jogo Osório não destoou, mas apesar do entusiasmo
que os jornais dão conta, não sobressaiu (o MSC ganhou por 2/1, com golos de
Garalha e Agostinho). No 2º jogo, três dias depois (24/5/42), tendo o atleta pernoitado
em Ponta Delgada ,
tudo foi diferente: Osório tomou conta do jogo por completo, fechou a contagem
marcando o 3/1, um golo efusivamente aclamado no “Campo do Liceu” pelas cerca de
4.000 pessoas que ali consagravam o novel Campeão Açoriano.
A.O. 10/05/2014; “Cá à minha moda" (revisto e muito acrescentado)
http://www.acorianooriental.pt/artigo/a-minha-prenda-ii
A.O. 10/05/2014; “Cá à minha moda" (revisto e muito acrescentado)
http://www.acorianooriental.pt/artigo/a-minha-prenda-ii