No mesmo dia em que os
portugueses vão a votos para o Parlamento Europeu, os Bancos Centrais Europeus,
parte responsável no que tem acontecido e muito interessada no que venha a
acontecer, estão em Portugal a conferenciar num mediático e interesseiro
conclave já comummente apelidado de “Cimeira da Troika”. Logo se saberá, embora
já se adivinhe, o que depois irão dizer. O que sabemos – provam-no as
recorrentes intervenções de Durão
Barroso, Mario Draghi e Christine Lagarde – é que, como parte
interessada que são, pelo menos desvalorizar e neutralizar a seu belo prazer o
resultado que venha ocorrer, isto eles se encarregarão de fazer! “Os senhores
da Troika” podem tudo, até “dar show” em dia de eleições usado temas que, de
uma ou de outra forma, estão directamente relacionados com o acto eleitoral a decorrer.
É que, mesmo que digam o contrário, é claro que pretendem influencia-lo (como
já fizeram e farão até ao último momento). Não há problema; “Tá tudo legal”, já
disseram. Um “legal” que não seria, como o passado o comprova, tratando-se de um
grande espetáculo (até de simples jogos de futebol)!
Ocupado e sob vergonhosa sujeição
é como Portugal se encontra – e nós, Açores, por arrasto! Uma sujeição que é
tanto ou mais medonha quanto os “Migueis de Vasconcelos” de agora, tantos são que
faltam armários para todos eles se esconderem, até se dão ao desplante de
comparar uma data fictícia (17/5/14) com o 1º de Dezembro de 1640. Comparação
por comparação; defenestremo-los. E já agora também às “Duquesas de Mântua”!
Uns e outros atirados pela janela fora dariam algum alívio. Não que se
vislumbre melhorias com a mudança, mas, e porque uma verdadeira solução só virá
de grandes transformações no “Império Europeu” a que nos submeteram (sem pedir
opinião nem dar cavaco), “enquanto o pau vai e vem folgam as costas”!
E nós por cá, coitadinhos,
acomodados e já viciados com as migalhas com que nos vão “domesticando” – só o
que os amigos dos “Migueis de Vasconcelos” e das “Marquesas de Mântua” consumiram
em BPN’s e PPP’s, bem aplicado, que enorme AUTONOMIA construiria –, cá “vamos
cantando e rindo”, e levando por tabela. Até um dia!
A.O. 24/05/2014; “Cá à minha moda" (revisto e acrescentado)
http://www.acorianooriental.pt/artigo/duplamente-ocupados-e-sujeitos
A.O. 24/05/2014; “Cá à minha moda" (revisto e acrescentado)
http://www.acorianooriental.pt/artigo/duplamente-ocupados-e-sujeitos