Não, este texto nada terá a ver
com “jotinhas” ou com os “jotas” que após marcar passo uns anos nas
organizações partidárias de juventude, como que por artes mágicas, passam de
“jotinhas” a primeiro-ministro ou mesmo, que seja, a candidatos a primeiro-ministro!
Os Jotas que hoje para aqui trago
são outros. São Jotas que, atafulhado como ando de novo em “papéis velhos”, ao
relê-los, como que recuei mais de quatro décadas, recordando as leituras dos
jornais que fazia em tempos de meninice e juventude, em especial das secções
desportivas dos diários de então. Refiro-me ao Jota Valadas Júnior e ao J. JOTA. Se do primeiro, embora
senhor de um histórico de presenças em jornais bem mais longo, remontando mesmo
quase ao tempo do juntar das minhas primeiras letras, além dos extensos e
detalhados relatos escritos dos jogos do fim-de-semana – com uma ou outra
pertinente polémica de permeio – o que mais recordo foi a sua eficácia em se
“esconder” por detrás daquele pseudónimo; já quanto ao segundo, do J. JOTA daquilo
que não me esqueço – além da proximidade, antes como agora, já que também é
santaclarense e santaclarista (de e do Santa Clara, como se dizia) – era da sua
indisfarçável preferência pelo “Santa Clara”, do seu gosto e abordagem de
outras modalidades, e que o seu pseudónimo para mim nada encobria. Recordar o J. JOTA
destes tempos é também recordar o seu Ford Cortina GT, e, regressando aos “papéis
velhos” que nestes dias me atazanam, recordar também a sua capacidade de
premunição quando, como “enviado especial” a um “Rally Papper” à Ilha Lilás, vaticinou,
dada a capacidade organizativa que testemunhou, a chegada para breve do
automobilismo mais a sério àquela ilha.
Um destes dias, discorrendo ambos sobre
estas minhas mais recentes incursões pelos jornais das décadas de cinquenta,
sessenta e setenta, o J. JOTA emprestou-me um volume – dedicada de
carinhosamente selecionado e encadernado – através do qual, sem correr o risco de agravar
as alergias “ao pó dos papéis velhos”, reli com mais descanso a quase
totalidade das suas colaborações com o então diário “Açores”. Retive e anotei – mas fica
para outra – uma interessante entrevista ao "Zé Manél" Costa Pedro. Bons tempos!
A.O. 19/07/2014; “Cá à minha moda" (revisto e acrescentado)